Bolas de três pontos são um dos diferenciais do Sesi Franca na temporada

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de novembro de 2018 às 07:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:11
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Francanos têm ótimo aproveitamento desta edição do NBB e David Jackson é o grande destaque

Não tem como falar de Sesi Franca sem falar de bolas de três pontos. O líder da atual edição do NBB CAIXA se utiliza de um verdadeiro “xadrez de chutadores” em suas partidas e vem tendo excelente aproveitamento no torneio neste quesito.

Franca tem o melhor ataque do campeonato (87,7 pontos por jogo) e vem tendo as bolas de longa distância como grandes forças de seus ataques. O Paulistano é o que mais chuta de longe, 30,78 por jogo, e Franca vem em segundo, com 29,9 por jogo.

Os francanos ainda lideram o ranking de bolas convertidas, com 11,0 por partida, enquanto o clube alvirrubro é o quinto, com 9,44 por jogo. Franca tem o terceiro melhor (37,12%), enquanto o CAP tem o terceiro pior (30,69%) do campeonato.

Mas, apesar de toda essa igualdade nos números, a maneira com que os dois rivais arremessam são diferentes e mostram um pouco de como eles exploram essa arma. Para isso, é preciso analisar os arremessadores de cada um. Vamos lá:

Vamos começar por David Jackson, que é como um hors concours (termo de origem francesa usado para algo excepcional, de qualidade superior aos demais) no quesito arremesso.

Ele tem nada menos que o melhor aproveitamento em bolas de 3 pontos na história do NBB CAIXA, com 46,04% – considerando apenas atletas com um mínimo de 50 jogos disputados e uma média de no mínimo de uma bola convertida por partida na história da competição.

Na atual temporada, DJ lidera com folgas o ranking de tiros de 3 pontos convertidos por jogo, com 3,0 de média, e tem expressivos 50% de aproveitamento. De quebra, é dele o recorde de arremessos longos certos em uma só partida, com nove contra o Vasco.

O estilo de arremesso que impera em seu jogo é o catch-and-shoot, que no grosso do português significa “pegar e atirar”. Ou seja, é aquele cara que recebe a bola paradinho, posicionado, e já manda bala, mortal.

No entanto, como se trata de um especialista de primeira, DJ também é capaz de criar seu próprio chute através do drible, que na linguagem do basquete chamamos de arremesso off-the-drible.

Didi e Alexey são outros atletas do Franca com essa capacidade de criar o próprio arremesso, mas são melhores no chute parado, assim como Elinho.

Aliás, o catch-and-shoot é a especialidade de outros atletas do time, como o ala Jimmy, um especialista nos chutes de 3 paradinho, principalmente da zona morta – uma de suas maiores armas – e Lucas Dias.

No entanto, a maioria dos jogadores se adaptou a um estilo de jogo e rende melhor arremessando de outra forma: o spot-up-shoot.

Isso que nada mais é do que um arremesso também sem drible, porém com o atleta recebendo a bola em movimento – algo que David Jackson executa com maestria e também é feito por Hettsheimeir, Lucas Dias, Didi, Cipolini e Alexey.

Conclusão: Essa predominância no spot-up já acusa uma das características do ataque do Franca, que é mais organizado, trabalhado em movimentações, desequilíbrios de defesa. É assim que são criados os chutes de fora da equipe Top 1 em bolas de 3 convertidas do NBB CAIXA.


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