Joana D’Arc Felix diz que não concluiu o pós-doctor, mas não falsificou diploma

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 15 de maio de 2019 às 16:10
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:33
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Joana D’Arc quer seguir sua vida de cabeça erguida como educadora de jovens e cientista que tanto já fez

A cientista Joana D’Arc Felix Souza falou ao Jornal da Franca sobre o que aconteceu com ela a respeito das notícias divulgadas. Ressaltou que não falsificou nenhum diploma de pós-doctor de Harvard e que sua vida é um livro aberto.

Disse que passou na USP, Unesp e Unicamp e escolheu estudar em Campinas, quando tinha apenas 18 para 19 anos. Em Campinas, fez graduação, Mestrado e Doutorado, todos na Unicamp.

Com relação ao Pós Doutorado, ela explicou: “Um pós doutorado foi realizado na Unicamp e o outro foi realizado (no Brasil) à distância, com o acompanhamento de um professor de Harvard”.

Joana Felix afirmou que “discutia o projeto com o  Professor. Fui algumas vezes em seu laboratório (Harvard), mas nunca fui efetivada como aluna porque não podia me ausentar por muito tempo, devido aos problemas de saúde de minha mãe. Portanto, não tenho diploma de Pós Doutorado em Harvard”. 

Para explicar o aparecimento do diploma, Joana Felix diz que “infelizmente aconteceu o seguinte: participei da encenação de uma peça e, nesta,  haviam vários diplomas, inclusive a montagem de um diploma de Harvard, que foi preparado para a peça.  Em dezembro de 2017, este diploma, que estava no meio de algumas fotos, foi parar nas mãos de um jornalista do Estadão, que esteve em Franca/SP, em minha Instituição”.  

Bem assertiva, Joana diz que quando tomou conhecimento, entrou em contato com o mesmo, o qual nunca se manifestou. 

“No dia 13/05, a jornalista Renata Cafardo me ligou dizendo que tinha em mãos um diploma de Pós Doutorado falsificado. Expliquei para ela o ocorrido em 2017 e, achei que estava tudo certo.  Ontem (14/05), ministrei palestra no Museu do Amanhã (Rio de Janeiro) e, antes do embarque, recebi o link da matéria”.  

Extremamente magoada, pois considera que uma informação desencontrada está sendo utilizada para conspurcar um trabalho de mais de 35 anos de luta, Joana diz que fez questão de esclarecer tudo, mas “parece que a motivação em denegrir minha imagem ocorreu após divulgação de que seria feito um filme sobre mim”. 

REPERCUSSÃO

Ao mesmo tempo, Joana está surpresa com o apoio recebido dos amigos. 

O roteirista do filme, Álvaro Campos, mandou uma mensagem dizendo: “Joana, nessa noite super estranha quero te dizer que te admiro muito e que rezo para que  todos tenhamos muita serenidade e simplicidade com os questionamentos que vão surgir. A beleza da sua historia sempre vai se impor, sobretudo quando a comunicamos com simplicidade. Beijo grande do seu fã”. 

Outra mensagem, de uma autoridade, disse: “Ela tem uma história de superação por si só. É impressionante o belíssimo trabalho que ela realiza em Franca. Tanto em prol da pesquisa científica quanto em prol dos adolescentes estudantes da FATEC. Então, comigo ela não perdeu o brilho que merece por si só. E saber que toda ciência produzida por ela nasceu de estudos realizados apenas no Brasil valorizam ainda mais o currículo dela. Quem precisa de Harvard?”



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