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Plástica sem cirurgia é uma das novas promessas da estética e pode ser tanto facial quanto corporal
Plástica sem cirurgia e com resultados
rápidos, esta é a promessa tentadora da bioplastia, nova técnica da estética
que ganhou muitos adeptos. Popularizada na internet, a bioplastia apela àqueles
que consideram a técnica mais segura, por não precisar de cirurgia, mas o
resultado pode ser trágico, como o da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, que
faleceu de embolia pulmonar após aplicar silicone nas nádegas na casa de um
médico. O suspeito de fazer a aplicação de polimetilmetacrilato, chamada de
PMMA ou metacril, Denis César Furtado, foi preso juntamente com sua mãe, Maria
de Fátima Furtado, médica que teve seu registro cassado.
A bioplastia é a técnica de injeção de substâncias
no corpo com fim de remodelação. “Pode ser feita no corpo ou no rosto. É um
método seguro, mas precisa ser feito por um especialista reconhecido. No caso
do PMMA, o uso é restrito para alguns casos, como para correções em pacientes
com doença imunodepressora”, explica o cirurgião plástico Janes Depizzol. Já a
aplicação em coxas ou glúteos não é recomendada pela Sociedade de Dermatologia
e Cirurgia Plástica.
A modelo Andressa Urach sofreu uma infecção grave e
ficou internada em estado grave por vários meses, em 2014, após aplicar o PMMA
nos glúteos. Segundo o cirurgião plástico Adriano Batistuta, substâncias como
PMMA se misturam com gordura e tecidos, o que dificulta a retirada em caso de
complicação. “Pode acontecer, com o passar dos anos, às vezes até sete, oito
anos depois, a chamada reação de corpo estranho, quando o organismo tenta
expulsar a substância”, cita Depizzol.
Infecções, alergias e necroses são alguns dos
riscos que os pacientes correm ao injetar a substância e os procedimentos
estéticos devem ser feitos em clínica ou hospital, com profissionais
capacitados e com toda a assistência.
O PMMA é aprovado pela Anvisa para fins medicinais,
não estéticos. É o caso de pacientes de Aids, que podem apresentar deformações
no rosto ou no corpo, devido à doença. Os únicos profissionais capacitados para
realizar o procedimento são cirurgião plástico ou dermatologista, desde que em
ambiente hospitalar ou clínico.