Bioimpressora 4D que recria tecidos humanos chega ao Brasil e tem licença da Anvisa

  • Nene Sanches
  • Publicado em 27 de agosto de 2022 às 20:00
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Atualmente, 3 casos foram tratados em Pato Branco, no Paraná, para demonstração à equipe do Hospital Thereza Mussi.

Acaba de chegar ao Brasil a bioimpressora 4D Dr. Invivo, da Rokit, tecnologia que permitirá a impressão e consequente regeneração de órgãos humanos, como rim, fígado e enxertos cardíacos, o que diminuirá a necessidade de doação de órgãos e o índice de rejeição e infecção.

A primeira licença concedida pela Anvisa ao equipamento serve para tratar lesões de pele e feridas mais complexas, como úlceras do pé diabético, queimaduras, câncer de pele, entre outras.

“Essa é uma tecnologia de ponta, inovadora e que vai ajudar milhares de pessoas. Neste primeiro momento, vamos evitar muitas amputações, principalmente em pacientes portadores de pés diabéticos e com feridas de difícil tratamento. A princípio, ela está disponível para a rede privada, mas esperamos que em breve seja ofertada a pacientes do SUS também, pois o tratamento tem ótimo custo-benefício e trará grande economia ao governo”, afirma Dr. Maurício Pozza, sócio-proprietário da 1000Medic, empresa responsável por trazer a tecnologia para o País.

Tecnologia

Ainda segundo Pozza, os resultados são mais rápidos quando comparado aos métodos tradicionais, com cicatrização total das feridas em 30 dias, o que ocorreu em mais de 85% dos pacientes tratados com a tecnologia.

Segundo notícia do portal Olhar Digital, inicialmente, os kits de tratamento para a confecção do adesivo biológico estarão disponíveis nos hospitais detentores da bioimpressora. Os hospitais e clínicas que quiserem adquirir a impressora e os kits poderão fazê-lo por meio da 1000medic, distribuidora exclusiva do equipamento no Brasil.

Atualmente, 3 casos foram tratados em Pato Branco, no Paraná, para demonstração à equipe do Hospital Thereza Mussi. O equipamento já está sendo disponibilizado para uso comercial em todo o Brasil.

Segundo a distribuidora, em breve, a ideia é haver distribuidores nas quatro regiões do Brasil para atender casos selecionados.

Como é feita a bioimpressão dos tecidos

O primeiro passo é retirar todo o tecido necrosado. Depois, tira-se uma foto da ferida com o auxílio de iPad com software 4D, que mede todas as dimensões do ferimento. Em seguida, a foto é enviada para a bioimpressora.

Então, é feita pequena lipoaspiração da região abdominal do paciente, onde está o tecido adiposo rico em células-tronco. Esse tecido é microfiltrado e logo em seguida é misturado com cola natural de fibrina.


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