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Em 36 capítulos, o livro narra a trajetória de uma das empresárias mais influentes no país, desde o nascimento em Franca, até virar sucesso no mundo
Uma empresária com trânsito em todos os espectros da vida social e política, que no auge da pandemia articulou um movimento para ajudar a vacinar o país e que busca estimular a participação das mulheres nas empresas.
É Luiza Helena Trajano, cuja biografia “Luiza Helena, Mulher do Brasil” (editora Gente), escrita pelo jornalista Pedro Bial, será lançada na próxima segunda-feira (20), em São Paulo.
Ao longo de 36 capítulos curtos e de letras grandes, entremeados por fotos, resumos e histórias, o autor narra a trajetória de uma das empresárias mais influentes hoje no país, desde o seu nascimento em Franca, no interior de São Paulo, até virar case de sucesso no mundo com o Magazine Luiza.
Acessível
O formato tem um objetivo, explica Bial: “Queria que o livro fosse tão acessível quanto ela é. Apesar de ser uma potência, Luiza é uma pessoa muito parecida com tias, mães, irmãs de qualquer família de classe média brasileira. Não vive esse mundo dos milionários. Um dos objetivos é que o livro tivesse a leveza e a personalidade dela. Adoraria que fosse o primeiro livro de muita gente”.
Segundo uma reportagem do jornal O Globo, o livro começa com a tia da empresária, Luiza Trajano Donato, o pilar da loja familiar. Não apenas porque foi ela quem deu início ao negócio, mas também por ter sido a mentora e segunda mãe de Luiza Helena, que herdou muito da personalidade da tia.
Em uma época na qual se esperava que mulheres ficassem em casa, a matriarca comprou a primeira loja, então chamada A Cristaleira. Sua proatividade para ideias e resolução de problemas, talento para vendas e persistência foram algumas das características herdadas pela sobrinha.
Anos de experiência
Em sua gestão, Luiza Helena acrescentou as suas: grande comunicadora, carismática, de raciocínio rápido e de uma capacidade rara de captar a personalidade das pessoas e suas necessidades, segundo o autor e alguns depoimentos no livro.
Além do aprendizado com a tia, ela atribui muitas de suas decisões à intuição, fruto de anos de experiência e conhecimento.
Bial busca explicar como Luiza se tornou um fenômeno e consegue ser ouvida até pelos concorrentes, além de circular entre vários partidos — um dos motivos que pesou na decisão de não se afiliar a nenhum, apesar dos muitos apelos.
História excepcional
Na pandemia, a empresária tomou a frente de uma campanha para acelerar a vacinação no país. Ela ainda preside o Mulheres do Brasil, grupo não partidário que defende maior participação feminina no mercado de trabalho e nas decisões políticas, e que dá suporte a vítimas de violência doméstica.
“Ela tem atitudes raras de varejista. Cria oportunidades ao mesmo tempo em que faz lucro, numa sociedade marcada pela desigualdade. Ela se preocupa com a sobrevivência dos pequenos. É um caso excepcional na história da renovação atual do capitalismo. Tanto que nos Estados Unidos há teses sobre a história do Magalu e da inclusão que a Luiza conseguiu fazer” afirma Bial.
O exemplar fala ainda da família, momentos importantes da sua vida e da sucessão ao seu primogênito, Frederico Trajano, hoje CEO da companhia.
Um ano de produção
A produção do livro levou cerca de um ano, durante a pandemia. Foram feitas entrevistas virtuais e presenciais, com a ajuda de Heitor D’Alincourt e Camila Moraes.
“Entrevistamos ela umas cinco ou seis vezes, e mais dezenas de pessoas que a conhecem, porque Luiza não é de falar muito dela mesma, não gosta muito de falar do passado, da sua história. Ela pensa sempre no presente, projetando o futuro”, diz Bial.
Este ano, Luiza venceu o prêmio Faz Diferença, do GLOBO, na Categoria Ela.