Bendito empurrão: padre Marcelo Rossi diz que foi um milagre não se ferir

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de dezembro de 2019 às 15:35
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:10
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O padre diz sentir nova disposição e um novo sentido de vida. Voltou a lançar músicas e prepara um livro

​Padre Marcelo Rossi, 52, acaba de completar 25 anos de sacerdócio, mas afirma que é como se estivesse começando agora. 

O pároco diz sentir uma nova disposição e um novo sentido de vida. Voltou a lançar músicas, prepara um livro e quer se fazer cada vez mais presente na internet e nas redes sociais, porque, na visão dele, é o lugar em que o jovem está.

Todo esse novo entusiasmo surgiu depois que ele foi empurrado por uma mulher durante uma missa em Cachoeira Paulista (a 212 km de São Paulo), em 14 de julho. 

Para o padre, foi um milagre o fato de não ter acontecido nada de grave com ele, apesar da queda de quase dois metros de altura.

“Bendito empurrão. Está vendo, uma coisa que poderia ser a minha morte, se tornou para mim uma forma de motivação. Eu só posso agradecer”, diz ele. 

Rossi conta que perdoou a mulher, cujo nome não foi divulgado, logo depois do empurrão. Para a polícia, ela disse que sofre de transtorno bipolar e passa por tratamento psiquiátrico. 

Desde o acidente, o sacerdote conta que as pessoas o têm procurado muito mais. “Elas sempre vieram falar comigo, mas agora elas perguntam: ‘Você está bem mesmo?’ E muitas querem me tocar. Podem me tocar, não tem problema nenhum.”

O sacerdote diz também que a morte de Gugu Liberato aos 60 anos, vítima de uma queda em sua casa em Orlando (EUA), foi outra coisa que mexeu demais com ele e o fez valorizar ainda mais a vida. 

Marcelo Rossi era um dos convidados mais assíduos do programa Domingo Legal (SBT), no fim dos anos 1990 e início de 2000, na época comandado pelo apresentador.

“Era para ele [Gugu] quebrar o pé, mas bateu a cabeça. Nós somos tão frágeis. Eu fui empurrado, não tem explicação [não ter acontecido nada], eu preciso agradecer a Deus”, reafirma.

Participar de atrações da televisão aberta -além do Domingo Legal, o sacerdote era presença constante no Domingão do Faustão e no Planeta Xuxa, ambos da Globo- foi essencial para o padre Marcelo Rossi popularizar as suas músicas e alcançar o seu objetivo, segundo ele, “levar a palavra de Deus” para as pessoas. 

Agora, ele quer novamente isso, mas com uma outra meta: atingir os jovens, especialmente na faixa dos 13 aos 25 anos. 

O primeiro passo nessa empreitada é usar, mais uma vez, a música. De olho nisso, acaba de lançar nas plataformas digitais o EP “Maria Passa à Frente” com seis músicas:

“Maria Passa à Frente”, gravada em parceria com o cantor sertanejo Gusttavo Lima; “Jesus te Deu Uma Mãe”; “Fiel Guardião”; “Sopra em Nós”; “Colo de Mãe”; e “Rainha dos Anjos do Céu”, esta última lançada na quinta-feira (19). 

“Agora, mais do que nunca, eu destaco a importância da música. Quem canta reza duas vezes. Por meio da música, você toca as pessoas”, diz. 

As seis canções, afirma ele, passam a mensagem da superação dos problemas com a ajuda da fé em Deus. Mas Rossi faz questão de ressalvar: “Eu não sou cantor, sou padre”. 


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