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Major Nicácio, Hélio Palermo, Doutor Flávio Rocha e Ismael Alonso y Alonso são as vias com mais ocorrências
As principais avenidas de Franca tiveram 439 acidentes com vítimas no ano passado, além de 43 mortes, segundo levantamento da Polícia Militar.
De acordo com a pesquisa, os locais com mais registros foram as vias Major Nicácio, Hélio Palermo, Doutor Flávio Rocha e Ismael Alonso y Alonso.
A Avenida Major Nicácio foi o local que liderou o número de acidentes em 2019, no município. Com 52 casos, duas pessoas morreram depois de batida entre moto e carro na via.
A segunda avenida com mais acidentes no ano passado foi a Hélio Palermo, com 47 ocorrências. De acordo com o ranking da PM, as principais vítimas foram motociclistas e pedestres.
Para o advogado especialista em trânsito, Mário Bassi, a imprudência dos motoristas pode ser a causa de tantos acidentes nas avenidas de Franca.
“Isso está ligado diretamente a fatores humanos. Na maioria dos casos, eles não obedecem a sinalização e acabam colidindo e ocasionando, às vezes, até mesmo acidentes fatais”, afirma.
Em nota, a Prefeitura de Franca informou que está buscando uma solução.
“A cidade é uma das mais bem sinalizadas e o que é preciso, em sua avaliação, é mais cautela dos motoristas, respeito às leis de trânsito e em especial aos limites de velocidade”, diz o comunicado.
Confira as avenidas com mais acidentes em Franca
- Avenida Major Nicácio – 52 acidentes
- Avenida Hélio Palermo – 47 acidentes
- Avenida Dr. Flávio Rocha – 47 acidentes
- Avenida Brasil – 46 acidentes
- Avenida Ismael Alonso y Alonso – 45 acidentes
- Avenida Presidente Vargas – 44 acidentes
- Avenida São Vicente – 36 acidentes
- Avenida Adhemar Pereira de Barros – 36 acidentes
- Avenida Abrãao Brickman – 36 acidentes
- Avenida Paulo VI – 25 acidentes
- Avenida Dom Pedro – 25 acidentes
Vítima do trânsito
Vítima de um dos acidentes ocorridos nas principais vias de Franca, o aposentado Antônio Sérgio Lara, de 70 anos, foi atropelado por um motociclista na Avenida Ismael Alonso Y Alonso, em setembro do ano passado.
Depois do ocorrido, Antônio passou por três cirurgias e nunca mais conseguiu voltar a andar.
“Foi terrível. Tomei tanta injeção, na veia, no músculo. Às vezes, eu estou conversando com a pessoa e fico agitado e tenho que parar, aí vem na minha mente o acidente. Agora eu fico assim, meio esquisito, não tenho aquele controle de dominar a si mesmo”, diz.
O fato incapacitou o aposentado de continuar a trabalhar. “Eu sinto muito falta de vender os meus picolés. Não faltava nenhum dinheiro no meu bolso, agora, faz muito tempo que não vejo um ‘tostão’. Eu ganhava pouquinho, mas todos os dias eu tinha, pelo menos um pouquinho”, comenta.
O especialista em trânsito finaliza que para evitar novos números de acidentes no município, a população precisa ter a atenção redobrada nas ruas e avenidas.
“Se todo mundo tivesse um cuidado, não sair correndo de casa, porque um ou dois minutos a mais não vai adiantar de nada, eu acho que diminuiria em 60% os casos. A maioria é pelos mesmos motivos, por imprudência dos motoristas. Os acidentes podem ser evitados, sim”, completa.