As dez melhores rodovias do país ficam em SP; mas nenhuma em Franca

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de novembro de 2017 às 22:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:25
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Rodovias Ronan Rocha e Cândido Portinari deixaram de fazer parte da relação das melhores

​Pelo sexto ano consecutivo, a Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), que liga os municípios de São Paulo e Limeira, é considerada a melhor rodovia do Brasil pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). 

A pesquisa CNT/2017 divulgada na manhã desta terça-feira (7) aponta que, pelo 14º ano seguido, as melhores rodovias do país são as estaduais paulistas.

Chamou a atenção na lista divulgada pelo Governo do Estado de São Paulo a ausência das rodovias Cândido Portinari, que liga Ribeirão Preto a Rifaina, passando por Brodosqui, Batatais, Franca, Cristais Paulista e Pedregulho, assim como  da rodovia Ronan Rocha, que liga Franca até a divisa com Minas Gerais, passando por Patrocínio Paulista e Itirapuã.

No ranking nacional, divulgado no mês de julho deste ano, ambas apareciam com destaque, em oitavo lugar, à frente de diversas outras importantes vias do Estado de São Paulo, todas privatizadas.

Em segundo lugar, na lista divulgada nesta terça-feira, aparecem as Rodovias D. Pedro I e a SP-340, que formam a ligação Campinas – Jacareí, seguidas da SP-225, que liga o município de Bauru à Itirapina. 

Das vinte rodovias listadas no ranking, 18 são concessões estaduais paulistas fiscalizadas pela Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo).

Todas as 16 rodovias classificadas como “ótimas” pelo levantamento técnico da Confederação Nacional dos Transportes – CNT recebem investimentos viabilizados pelo Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo.

Outro dado apurado pelos técnicos da CNT, que avaliaram 105,8 mil quilômetros de rodovias, atesta que a malha rodoviária que passa por São Paulo é a melhor do Brasil, com 77,8% de sua extensão classificada como ótima ou boa – em todo o país, somente 38,2% das rodovias estão nas mesmas condições.

“Conseguimos manter em São Paulo esse histórico de bons resultados não apenas porque fazemos concessões, mas porque há duas grandes preocupações que não saem do escopo dos projetos: investimentos e fiscalização. Mesmo com rodovias com ótimas condições, a agência atua de forma séria e austera na fiscalização e aplica as multas quando os prazos não são atendidos conforme o estabelecido nos contratos. O usuário precisa receber aquilo que foi idealizado pelo Governo e está claramente especificado no contrato, cabe a ARTESP garantir isso”, avalia Giovanni Pengue Filho, diretor geral da Artesp.

Esse ano, a fiscalização foi ampliada com a criação da “Blitz Olho Vivo”, da Artesp, que detectou 1.774 não conformidades que geraram notificações de multa às concessionárias.

Ranking CNT com as 10 melhores rodovias do Brasil (todas classificadas como Ótimo)

1º) São Paulo – Limeira = SP-310/SP-348
2º) Campinas – Jacareí = SP-065/SP-340
3º) Bauru – Itirapina = SP-225
4º) São Paulo – Uberaba (MG) = SP-330
5º) Barretos – Bueno de Andrade = SP-326
6º) São Carlos – S.J. da Boa Vista – S.J. do Rio Preto = SP-215/SP-350
7º) Ribeirão Preto – Borborema = SP-330/SP-333
8º) Sorocaba – Cascata – Mococa = SP-075/SP-340/SP-342/SP-344
9º) São Paulo – Itaí – Espírito Santo do Turvo = SP-280/SP-255
10º) Piracicaba – Mogi Mirim = SP-147

Programa de base sólida

O resultado obtido pelas rodovias do Estado de São Paulo na 21ª edição da Pesquisa Rodoviária da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) é consequência das bases sólidas definidas pelo Programa Estadual de Concessões Rodoviárias do Estado, iniciado em 1998 e que estabelece as diretrizes para as concessões rodoviárias em São Paulo.

Os investimentos realizados asseguraram, por exemplo, a duplicação de 1.054 quilômetros da malha, implantação de 1.650 quilômetros de faixas adicionais e de 310 quilômetros de marginais. São obras que, além de trazerem conforto ao motorista, também aumentam a segurança.

Outros números importantes de obras foram a implantação de 1.220 quilômetros de acostamentos, de 190 passarelas, de 419 dispositivos de acesso e retorno, além da modernização e ampliação de outros 219 acessos e retornos já existentes. 

Também foram construídos pelo Programa de Concessões 216 quilômetros de novas pistas. 

São obras como a construção do Trecho Leste do Rodoanel ou a ampliação do Anel Viário de Campinas, com a construção do segmento entre as rodovias Bandeirantes (SP-348) e Anhanguera (SP-330).


+ Trânsito