Aplicativo que envelhece ameaça a privacidade: Não usem, diz especialista

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 22 de julho de 2019 às 08:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:41
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É impossível dizer o que acontece quando carrega uma fotografia e isso é um problema, diz especialista

O ​aplicativo FaceApp se tornou a grande sensação do momento, levando milhões de pessoas por todo o mundo a usarem a tecnologia de reconhecimento facial para mostrarem aos seus amigos como seriam se fossem mais velhos ou mais novos.

Porém, também têm surgido vários avisos e suspeitas de roubo de dados privados através da FaceApp, notícias que foram recebidas com alguma apreensão, uma vez que o aplicativo lidera as tabelas do Google Play e da App Store. 

Estas preocupações não são de agora e já duram desde 2017, quando o FaceApp também fez sucesso com outro filtro de imagem.

Segundo a ABC Austrália, o app foi criado por developers russos entre os quais Yaroslav Goncharov, que em 2017 contou que o app fazia uso de “redes neurais para modificar qualquer fotografia ao mesmo tempo que a mantinha fotorrealista”. 

Apesar de ser bem-sucedida naquilo que se propõe a fazer, o FaceApp se tornou o alvo de especialistas em privacidade, que apontaram que o aplicativo “pedia mais direitos daquilo que precisava para oferecer o serviço”.

“A resposta curta: não usem”, afirmou o presidente da Fundação de Privacidade da Austrália, David Vaile.

“É impossível dizer o que acontece quando carrega [uma fotografia] e isso é um problema. Eles dizem que permite o envio para qualquer lugar e para quem queira. Desde que haja uma ligação podem fazer muita coisa”.

O FaceApp alcançou novamente o status de viral do momento mas, dado que voltou a levantar questões sobre privacidade, é natural que volte a ser visto com desconfiança.


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