Ao receber uma chamada desconhecida, jamais diga “alô”. Entenda as razões

  • Robson Leite
  • Publicado em 25 de março de 2025 às 19:00
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Ao atender números desconhecidos, você pode estar entregando munição grátis para os golpistas que querem usar a sua voz

Atender a uma chamada de um número não identificado é uma prática frequente no cotidiano de muitos. Inclusive, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), tem trabalhado para combater esse incômodo.

Seja um banco ou um familiar com um novo número, a expectativa por detrás da ligação é sempre uma incógnita. No entanto, é importante ter cautela, pois nem sempre a chamada é legítima, podendo ser uma tentativa de golpe.

Nesse contexto, até uma expressão habitual, como “alô”, usada ao atender ligações, pode ser um grande risco à segurança pessoal. Golpistas se aproveitam dessa interação para gravar e manipular a voz do usuário, simulando conversas com bancos ou outras instituições financeiras.

Os perigos do “alô” nesse tipo de ligação

De acordo com alertas do Banco da Espanha e do Instituto Nacional de Segurança Cibernética (INCIBE) espanhol, os golpes telefônicos têm se tornado cada vez mais sofisticados.

Criminosos conseguem informações pessoais através de vazamentos ou fraudes anteriores com o uso da voz das vítimas, que servem para tornar suas abordagens mais convincentes.

As fraudes não se limitam ao simples registro de uma palavra. Golpistas podem ficar em silêncio durante a ligação, esperando por uma reação da vítima, ou fingir ser uma instituição confiável.

Indo mais além, alguns grupos de cibercriminosos podem usar qualquer palavra pronunciada pela vítima para captar o timbre de voz e cloná-lo, usando inteligência artificial para simular a fala da pessoa.

Esse nível de sofisticação torna as chamadas fraudulentas difíceis de serem detectadas e exige precaução constante.

Como os dados são usados pelos golpistas

O acesso a bancos de dados vazados, como os da Direção Geral de Tráfego (DGT), bem como a clonagem da voz, permite aos criminosos criar perfis falsos.

Essas informações são usadas para realizar fraudes financeiras, solicitar serviços bancários ou registrar-se em nome da vítima. A credibilidade conferida por esse método dificulta a identificação do golpe.

Medidas de proteção contra fraudes telefônicas

Agora que você conhece os riscos envolvidos, saiba como se proteger:

Evite até mesmo dar respostas comuns como “sim”, “oi”, “olá” ou “alô”. Em vez disso, use frases neutras como “Quem está falando?”, fique em silêncio ou desligue a chamada sem atendê-la;

Nunca compartilhe informações pessoais ou bancárias durante uma chamada suspeita;

Se a chamada parecer duvidosa, desligue imediatamente e bloqueie o número;

Acompanhe frequentemente suas contas bancárias para identificar transações suspeitas.

Instale aplicativos que identificam e bloqueiam números potencialmente fraudulentos.

Golpes sofisticados

A prevenção é a melhor aliada contra as fraudes telefônicas, especialmente diante do crescente avanço das técnicas usadas por golpistas.

Segundo notícia do portal Edital Concursos Brasil, a conscientização sobre o tema e a adoção de práticas seguras ao atender chamadas desconhecidas são fundamentais para proteger tanto as informações pessoais quanto as financeiras.


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