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Dispositivos para medir níveis de açúcar no sangue não atendiam padrão internacional determinado
A Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou o cancelamento de
registro e, consequetemente, a proibição das vendas de 17 medidores de glicose
(glicosímetros). Os dispositivos são usados para medir níveis de açúcar no
sangue de pacientes com diabetes.
Segundo a agência, o cancelamento ocorreu porque os dispostivos não
atendiam a um padrão internacional determinado. Entre os medidores e as tiras
com registros suspensos que estão com a venda proibida estão produtos das
marcas Abbott, Bayer, HDI, Injex, Johnson & Johnson, Nipro, Roche e VR
Medical. “A iniciativa da Anvisa resguarda a segurança das pessoas
diabéticas no Brasil, dada a importância do monitoramento frequente da glicemia
para os portadores da doença e o crescente número de usuários deste tipo de
dispositivo a cada ano”, diz a nota.
Ainda de acordo com a Anvisa, o usuário que já tiver produtos das marcas
listadas e que estejam dentro do prazo de validade pode continuar o uso desde
que observe as condições de armazenamento recomendadas.
Já os órgãos públicos que tenham os produtos devem verificar as
licitações de compra e analisar os contratos. “Vale destacar que a
proibição de comercialização dos produtos glicosímetros e tiras com registro
suspenso reforça a importância da homologação responsável e criteriosa desses
produtos, uma vez que o não atendimento dos padrões de desempenho afeta
diretamente a saúde do paciente”, diz o comunicado da Anvisa.
A medida foi tomada depois que as marcas não apresentaram ou não
atenderam aos requisitos estabelecidos após uma determinação da Anvisa de maio.
Segundo a norma, 95% dos testes de glicemia realizados nos glicosímetros
vendidos no Brasil não podem apresentar variação glicêmica maior do que 15%
quando comparados aos testes realizados em laboratórios. “A medição correta no uso dos aparelhos é necessária, uma vez que
os erros na leitura dos níveis de açúcar no sangue podem gerar problemas de
saúde e acarretar decisões equivocadas sobre alimentação e uso da insulina para
aqueles pacientes que fazem uso do hormônio em sua forma sintética, entre
outras”, diz o comunicado da Anvisa.