Anvisa alerta sobre aumento de falsificação de remédios em meio à pandemia

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de julho de 2020 às 19:17
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:56
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É importante que você desconfie caso o medicamento apresente um baixo valor agregado durante a venda

Você sabia que existem pessoas que adulteram a fabricação de medicamentos, trocando ingredientes por farinha? Sim, ocorre e em grande número.

O pior de tudo, para tratar de pessoas doentes! Muitos medicamentos têm se expandido de maneira informal no mercado mundial, e as empresas “laranjas” se beneficiam fugindo de taxas regulatórias e também de fiscalização.

Em tempos atuais, com a tecnologia na palma de nossas mãos, as compras de medicamentos também ficaram mais fáceis e acessíveis e para todos – independente da classe social.

O comércio digital poupa gastos com espaço físico, o que permite a redução do preço dos medicamentos.

Entretanto, o paciente deve se atentar ao preço e avaliar possui coerência ou não, conforme a média dos valores. E com o avanço da tecnologia, as ferramentas se tornam extremamente perigosas na mão de criminosos, e a quantidade de golpes cresce a cada dia.

Por isso, a prevenção é a melhor solução. E importante que você desconfie caso o medicamento apresente um baixo valor agregado durante a venda!

Comprar medicamentos com valores muito inferiores aos vendidos em drogarias pode ser o primeiro indicativo de que seja um medicamento falsificado. Fique atento.

Foi estimado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) diversos fatores que contribuem para o desencadeamento de medicamentos falsificados.

Entre eles:

  • A legislação implantada de maneira inadequada;
  • Agentes Regulatórios ausentes;
  • Não cumprimento da legislação vigente;
  • Corrupção e conflitos de interesses;

  • Demanda superior à oferta;
  • Preços altos.
  • Na década de 90, a OMS recebeu 719 notificações de medicamentos falsificados. Sendo relacionados de acordo com a classe terapêutica:

  • 29% Antibióticos de uso sistêmico
  • 8% Corticoides;
  • 8% Medicamentos com ação no trato digestivo e metabolismo;
  • 7% Anti-protozoários;
  • 5,5% Sistema respiratório;
  • 5% Anabolizantes e sistêmicos;
  • 4% Analgésicos;
  • 3% Anti-inflamatórios e anti-reumáticos,
  • 3% com ação no sistema cardiovascular;
  • 3% com ação no sistema gênito-urinário.
  • Hoje em dia, essa margem é ainda mais elevada.

    Em alguns países da América do Sul a média de medicamentos falsos é de 30%, no Brasil 19% e mundialmente 10%

    Traçando em paralelo, é a mesma coisa que dizer que a cada cinco medicamentos fabricados, um é falso.

    Medicamento falsificado

    Saiba como evitar a compra de medicamentos falsificados, segundo a ANVISA (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária):

    Compre apenas em drogarias, nunca em mercados, lanchonetes, etc

    • Sempre peça a Nota Fiscal (NF);
    • Verifique se na embalagem do medicamento consta o número de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)/Ministério da Saúde;
    • A embalagem deve conter o nome do farmacêutico responsável e seu número de inscrição no respectivo CRF; O número do lote e a data da validade devem estar impressos na caixa e coincidir com a numeração impressa no produto;
    • A embalagem deve estar em bom estado de conservação; A embalagem deve conter o número do SAC da empresa e o selo de segurança que, ao ser raspado, mostra a palavra “qualidade” e a marca do fabricante (teste da tinta reativa);
    • Em caso de drogarias e farmácias hospitalares, compre medicamentos somente de distribuidores devidamente regularizados, com nota fiscal, e confira os dados da nota com os dados do medicamento (ex.: nº de lote);
    • Em caso de reação adversa ou perda do efeito, procure um médico;
    • Veja se todas as informações estão legíveis;
    • No momento da compra, os medicamentos devem estar lacrados e presentes de bulas. Se estiver desconfiado que o seu medicamento é falso, o site da Anvisa possui um link: http://wwww.anvisa.govbrimedicamenLos/talsificadosstams.ht…
    • O lacre ou selo de segurança deve ser bem fechado, sem rompimento ou rasuras. A presença de adesivo no lacre è uma maneira de garantir a inviolabilidade do lacre.


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