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Estudos e pesquisas comprovam a relação fisiológica e emocional que o vínculo afetivo materno pode produzir
”Só quem é mãe, sabe!” Quem nunca ouviu essa frase?
Por vezes inexplicável, esse amor incondicional que surge antes mesmo do nascimento é tão forte e incrível que é “visível aos olhos” da ciência.
Segundo o neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes, do Hospital das Clínicas em São Paulo, diversos estudos e pesquisas comprovam a relação fisiológica e emocional que o vínculo afetivo materno pode produzir.
“A mulher, como genitora, é ‘bombardeada’ de hormônios como a ocitocina e a prolactina – responsáveis pelo amor e pelo instinto protetor”.
“Esses neurotransmissores são responsáveis também por estimular a producao de leite e a contração uterina. Com isso, fica claro perceber que a ligação entre mãe e filho não é só carnal, mas, também, hormonal, física e emocional”, explica.
amor de mãe
DIA DAS MÃES X DISTANCIAMENTO
Se a ciência já comprovou o poder do amor de uma mãe, então, como lidar com o distanciamento social em tempos de pandemia?
Segundo o neurocientista, é importante reforçar os laços de afeto e criar maneiras de se fazer presente, mesmo que não seja fisicamente.
“Afastamento social não é o mesmo que isolamento emocional. Sentimentos como o respeito, a admiração, o carinho e o amor incondicional e a saudade parecem potencializados quando não se está por perto e isso é natural por conta dos efeitos negativos que a ausência física causa”, alerta.
“A explicação se dá pela maneira como o nosso cérebro trabalha com recompensas. Ao abraçar – ou ser abraçado – o circuito mesolímbico dopaminérgico é ativado, uma região responsável por emoções agradáveis, e uma descarga de neurotransmissores e substâncias que causam bem-estar são disparadas para todo o corpo, causando a sensação de conforto que só o contato com alguém de quem gostamos muito é capaz de causar”, exmplica.
No entanto, o especialista alerta que, mesmo sem o contato físico afetuoso, uma ligação de vídeo pode aguçar a audição e a visão, ainda que não estimule o olfato e o tato que um abraço presencial pode causar.
“Isso tudo porque o cérebro fica sensibilizado pela proximidade virtual e pela troca de ‘energia’ entre duas pessoas”.
“Quem está do outro lado da tela e recebe o afeto virtual também experimenta a aceitação do outro e isso pode ser muito bom para transmitir amor, respeito e elevar a estima”, diz. Então, aproveite a tecnologia para reforçar esses laços!