Amantes do basquete, em Franca e do Brasil, se despedem do ex-jogador Edson Ferraciu

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 24 de maio de 2023 às 15:00
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Ex-atleta de Franca e da seleção brasileira faleceu ontem, deixando legado de títulos e muitos amigos

Ex-atleta de Franca e da seleção brasileira faleceu ontem, deixando legado de títulos e muitos amigos

O basquetebol se despede de uma lenda das quadras. Morreu ontem o ex-jogador do Franca e da Seleção Brasileira, Edson Ferraciu, um dos maiores nomes da modalidade que já atuaram na cidade.

Seus feitos em quadra foram tantos que ele, em março, foi homenageado na Câmara Municipal de Franca, sob muitos aplausos de familiares e amigos.

Na ocasião, Edson foi condecorado com o Título de Cidadão Francano, mais alta honraria do Poder Legislativo de Franca. Ele compareceu à cerimônia e se emocionou com os aplausos recebidos.

Edson Ferracciú Sobrinho disse na ocasião. “Fico muito agradecido, especialmente ao Della Motta e ao Kaká, minha mãe é francana, tenho parentes em Franca que ainda trabalham aqui e isso me honra muito, e me honra muito mais receber esse Título de Cidadão Francano (…) muito obrigado”.

Biografia

Edson Ferraciú Sobrinho, filho de Virgílio Ferracciú e Maria Colares Ferracciú, nasceu em São Paulo, no dia 21 de dezembro de 1942.

Casado com Regina Helena Conrado Ferracciú, com quem teve três filhos, Vinicius Conrado Ferracciú, Demetrius Conrado Ferracciú e Simone Conrado Ferracciú.
Também tem oito netos, Kaic, Pedro, Marina, John, Pietra, Rebeca, Gustavo e Vítor.

Edson Ferracciú Sobrinho foi integrado ao elenco do Clube dos Bagres em 1962, ano em que a equipe despontou como uma potência em ascensão no basquetebol paulista.

Neste ano, os comandados por Pedroca se tornaram pela primeira vez campeão paulista do interior e campeão do Troféu Bandeirantes.

Junto com Amilton Cruãnes, Edson Ferracciú dividia o garrafão bagrino, garantindo pontos e rebotes preciosos dentro da área pintada, sendo uma grande referência para Hélio Rubens e Anginho Giannecchini na armação do time.

Não por acaso, a equipe francana emplacou uma sequência de títulos nos seguintes, voltando a vencer o paulista do interior em 1963 e 1964 e o Troféu Bandeirantes em 1963.

No entanto, foi na temporada de 1964 que o basquete francano conheceu, de fato, suas maiores glórias até então, se tornando pela primeira vez vice-campeão paulista e campeão dos Jogos Abertos do Interior.

Tudo isso só foi possível graças ao quinteto equilibrado montado por Pedroca, que tinha na figura de Edson Ferracciú um de seus elementos mais confiável.

Em virtude de seu grande desempenho no paulista de 1964 e suas obrigações profissionais, Edson partiu em 1965 para o Palmeiras.

De volta

Porém, sua estada na capital paulistana foi curta, retornando ao final do ano para Franca.

Em sua segunda passagem, que foi até abril de 1967, o pivô continuou contribuindo para o sucesso da equipe, que se consolidou como a maior potência do basquete do interior paulista.

Não fosse a dedicação de Edson, primeiro “dono” da camisa nove francana, muito provavelmente o Clube dos Bagres teria dificuldades de alcançar todos os títulos que conquistou neste período.

Além de todos jogos, pontos e títulos inscritos na história do basquetebol de Franca, Edson Ferracciú também deu para a cidade um filho (Demétrius Ferracciú), que fez história na equipe entre as décadas de 1990 e 2000.
Títulos

Sua carreira é composta dos seguintes títulos e eventos: 1954/55Infantil no Sírio; 1956/58 Juvenil no Pinheiros 1959/61 Adulto do Pinheiros; 1962/67 Clube dos Bagres Franca; quatro vezes campeão do interior com o Clube dos Bagres, Franca; além da Seleção Brasileira de Novos Jogos em Portugal, África e Argentina.


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