Alzheimer: sinais podem ser detectados até 9 anos antes dos primeiros sintomas

  • Rosana Ribeiro
  • Publicado em 15 de outubro de 2022 às 21:00
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Cientistas revelaram que é possível detectar sinais precoces de demência até nove anos antes de o paciente receber um diagnóstico específico

Cientistas revelam que é possível detectar sinais precoces de demência, como o Alzheimer

 

Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, revelaram que é possível detectar sinais precoces de demência até nove anos antes de o paciente receber um diagnóstico específico, como Alzheimer.

No trabalho publicado na última sexta-feira, 14, na publicação Alzheimer’s & Dementia: The Journal of the Alzheimer’s Association, o grupo de cientistas analisou informações do Biobank, o banco de dados biomédicos britânico.

A equipe descobriu sinais de dificuldades em várias áreas específicas, como a solução de problemas e a lembrança de números específicos.

“Quando olhamos para a história dos pacientes, fica muito claro que eles já apresentavam alguns sinais de problemas cognitivos muitos anos antes de os sintomas se tornaram óbvios o suficiente para gerar um diagnóstico”, afirmou Nol Swaddiwudhipong, principal autor do estudo.

As descobertas levantam a possibilidade de, no futuro, pacientes em maior risco de desenvolver algum tipo de demência fossem mapeados para intervenções precoces ou para testes clínicos de novos medicamentos.

Atualmente, existem poucos tratamentos eficazes para demências ou outras doenças degenerativas, como o Parkinson.

Em parte, isso ocorre porque as doenças só são diagnosticadas depois que os sintomas aparecem, embora a degeneração propriamente dita comece muito anos (e até décadas) antes.

Isso significa que, quando os pacientes são recrutados para testes clínicos de novos tratamentos, pode já ser muito tarde para que o curso da doença seja alterado.

A análise das informações reunidas no banco de dados biomédicos revelou que pessoas que desenvolveram Alzheimer já apresentavam um desempenho pior do que indivíduos saudáveis em tarefas de resolução de problemas, tempo de reação a estímulos, capacidade de lembrar de números, memória prospectiva (nossa capacidade de lembrar de algo para fazer mais tarde), entre outros.

Isso também foi constatado em pessoas que desenvolveram uma forma rara de demência chamada de demência frontotemporal.

*Informações Estadão


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