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Novas tecnologias prometem reduzir custos, otimizar a logística e aumentar a produtividade nas lavouras de café, mostra feira em Franca

Paper Pot
O setor cafeeiro está reunido durante esta semana na 5ª edição da Alta Café – Feira de Negócios e Tecnologia da Alta Mogiana, que acontece em Franca/SP.
Entre os expositores, além de grandes máquinas, sementes, produtos de trato, a presença de instituições financeiras e institucionais, chama a atenção dos visitantes inovações que podem parecer simples, mas que prometem ganhos de produtividade e rentabilidade aos cafeicultores.
É o caso, por exemplo, do paperpot, da empresa Pleno Pot. Trata-se de uma alternativa que substitui os tradicionais sacos plásticos usados na produção de mudas, diminuindo o impacto ambiental.
Biodegradável
O papel utilizado na fabricação do produto é biodegradável e tem tempo de degradação médio entre 8 e 10 meses — suficiente para proteger a muda durante o desenvolvimento inicial e desaparecer do solo sem deixar resíduos, ao contrário dos sacos plásticos, que muitas vezes não se decompõem completamente. Além de contaminarem o solo com partículas, podem atrapalhar o desenvolvimento das raízes.
O substrato usado pode ser personalizado de acordo com a cultura plantada, assim como o diâmetro e altura do copinho de plantio.
“Na cafeicultura, além de facilitar o plantio mecanizado, o paperpot oferece outros benefícios como maior sanidade das mudas, menor risco de contaminação por fungos e nematoides, e melhor pegamento no solo”, comenta Richard de Wit, proprietário da Pleno Pot.

Richard de Wit, proprietário da Pleno Pot
Outra inovação
Outro destaque é o ganho logístico. Como os copinhos são mais leves e compactos, é possível transportar muito mais mudas por caminhão, reduzindo o custo com frete.
Outra inovação que pode ser vista na Alta Café este ano é tecnologia Arbolina, desenvolvida através da parceria entre a Universidade de Brasília e a EMBRAPA e hoje produzida pela empresa Krilltech.
Baseada em Nanotecnologia Verde, a Arbolina é um sinalizador fisiológico que pode ser misturado à calda de pulverização ou fertilização e, na cafeicultura, e o posicionamento técnico é o início da aplicação em pré-florada.
Através da reconstrução química de moléculas de carbono, desenvolveu-se o Carbon Dot, composto que faz a fotossíntese atingir sua forma mais eficiente.

Lucas Garcia, especialista de validação agronômica do Grupo Casa Bugre
Fotossíntese
“Por ser uma nanopartícula, o produto penetra nas folhas através de poros, fissuras ou estômatos e passa a converter luz ultravioleta em luz azul, ampliando significativamente o aproveitamento de luz para a fotossíntese. São como plaquinhas solares, capazes de ampliar a captação de energia mesmo em dias nublados”, comenta Lucas Garcia, especialista de validação agronômica do Grupo Casa Bugre.
De acordo com a empresa, 90% dos campos de café em que houve aplicação da Arbolina apresentaram incremento produtivo, com plantas mais sadias e com produção de mais sacas por planta.
“Em uma fazenda em Minas Gerais, o padrão produtivo era de 38 sacas por hectare. Com a nossa tecnologia, passou para 47 sacas por hectare. Outras propriedades também viram incremento produtivo de cerca de 20%”, acrescenta Lucas.
A Krilltech é uma das empresas que participa da Arena Café e Tecnologia, em que as empresas palestram diariamente ao público visitante apresentando seus produtos e serviços.
Sobre a Alta Café
A 5ª edição da Alta Café é promovida pela AEAGRO e pelo Sindicato Rural de Franca. Acontece entre os dias 8 a 10 de abril, no Clube de Campo de Franca, entre 8h às 17h.
Tem entrada e estacionamento gratuitos mediante credenciamento no local e entrada solidária opcional, com a doação de 1kg de alimento não perecível, que será destinado ao Berçário Dona Nina.
É um evento focado no setor cafeeiro, recebendo expositores e visitantes que tem interesse em apresentar e conhecer novidades, além de fazerem negócios.
É patrocinada pela Jacto Máquinas Agrícolas, Sicoob Credimogiana, Dedeagro e Banco do Brasil.