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Fã do Fusca e do Gol, carros produzidos pela Volkswagen, um funileiro de 62 anos decidiu reunir os dois automóveis em um só,
O FusGol chama a atenção pelos locais em que circula (Foto: Alessandro Reis/UOL)
O Fusca e o Gol estão entre os carros mais vendidos e queridos da história do Brasil. Fã da dupla produzida pela Volkswagen, um funileiro de 62 anos decidiu reunir os dois automóveis em um só, transformando seu Fusca 1982 com as próprias mãos em sua oficina, no Cambuci – bairro da região central da cidade de São Paulo.
Com 45 anos de experiência na profissão, Jair Ferreira Lopes concluiu o projeto do FusGol em 2009, dois anos após iniciar a empreitada.
Foi necessário aproveitar as horas vagas e usar muito metal para combinar veículos com visual tão diferente. O resultado chama a atenção nas ruas e, de tão criativo, poderia ser estudado pelos cientistas da Nasa, a agência espacial norte-americana.
“Comecei a transformação após comprar o carro com a traseira batida. Eu já havia transformado um Ford Corcel 1974 que tive e surgiu a ideia de fazer o mesmo com o Fusca”, conta Lopes para a reportagem de UOL Carros.
Adaptações
Segundo o funileiro, tudo começou pela dianteira, que ele decidiu modificar com faróis e grade do Gol G3. Para encaixá-la na carroceria arredondada do Fusca, foi necessário fazer uma série de adaptações, que incluíram encurtar o capô e mexer também nos para-lamas.
Os faróis auxiliares instalados no para-choque vieram de um Chevrolet Corsa.
“O processo foi um tal de erro e acerto, o que eu gastei de chapa foi uma ignorância. Quando não ficava bom, eu jogava fora e começava tudo de novo. Apenas o estribo e o aerofólio acima do vidro traseiro são de fibra de vidro. O resto é tudo chapa remodelada no martelo”, explica o artesão.
Jair destaca que as peças de funilaria que resultaram na criação do FusGol não vêm de outro carro e foram modeladas exclusivamente para ele – inclusive os para-choques envolventes, que também são de metal.
Detalhes
De acordo com Lopes, a traseira, que exibe uma espécie de asa que atravessa a tampa do motor e se prolonga nos para-lamas, foi a parte mais difícil do projeto. As lanternas redondas, explica, vêm de um caminhão.
“Por incrível que pareça, a traseira deu mais trabalho justamente pela dificuldade de deixar tudo bem alinhado. Sou muito detalhista e muita gente me pergunta se o carro é original”, comenta, orgulhoso.
Os mais atentos vão notar que as portas laterais não têm maçaneta: no FusGol, elas são travadas e destravadas eletricamente, por meio de um controle remoto.
Outro diferencial do modelo são as rodas de liga leve com detalhes amarelos, reproduzindo o tom chamativo da pintura da carroceria: elas são provenientes de um Gol GTI, diz o profissional. Por dentro, o carro tem bancos de Fiat Stilo, enquanto volante e manopla de câmbio são esportivos.
Estrutura
Jair Ferreira Lopes informa que não houve modificações na parte estrutural, enquanto o motor refrigerado a ar também é original – as únicas modificações são o carburador de corpo simples, mais compacto, e o novo alternador. Lopes também colocou freios a disco no eixo da frente.
“Sempre aparece gente criticando, mas quero ver fazer melhor. Tem outros Fuscas modificados por aí, mas o visual não tem nada a ver”, finaliza o proprietário do FusGol, que ele quer vender “com dor no coração” por cerca de R$ 40 mil para pagar uma dívida.
Pessoal da Nasa, fique atento: Lopes já trabalha em sua próxima criação, um Chevrolet Chevette com faróis da Ford Ranger.