O advogado francano José Chiachiri Neto é candidato ao Conselho Seccional na chapa da candidata Patrícia Vanzolini
A advogada e professora de Direito Penal Patrícia Vanzolini anunciou que irá disputar as eleições para ser presidente da OAB-SP.
Ela entra no páreo para ser a primeira presidente mulher da seccional paulista da ordem. E já começa fazendo fortes críticas à gestão atual pela falta de transparência.
Na composição de sua chapa, Patrícia incluiu o advogado francano José Chiachiri Neto como conselheiro seccional. Chiachiri é o único francano na disputa seccional, uma vez que a chapa da situação não colocou nenhum advogado francano em destaque para o Conselho Estadual.
Além da chapa de Patrícia Vanzolini, outras duas chapas, lideradas por Dora Cavalcanti e Alfredo Skaf, também concorrem na oposição. O advogado Caio Augusto Silva dos Santos tem o apoio da situação.
Ao apresentar suas propostas, Patrícia destaca a diminuição do valor da anuidade paga pelos os advogados.
Orçamento milionário
Segundo a candidata, a OAB de São Paulo tem o orçamento maior que muitos municípios do Brasil, em torno de R﹩ 344 milhões por ano e cerca de 330 mil advogados registrados.
“A entidade é gerida por uma falta de transparência e um modelo obsoleto. Vamos abrir a caixa preta da OAB e saber para onde vai esse dinheiro da advocacia”, afirma.
Patrícia Vanzolini afirma que mesmo com a falta de transparência é possível baixar o preço da anuidade.
“O portal da transparência ainda é bastante confuso e mesmo assim já é perceptivo que há desperdício, que há dinheiro mal gerido e indo pelo ralo. Com a economia dá sim para baixar o preço da anuidade. Nós temos essa proposta e vamos baixar o preço da anuidade”, afirma Vanzolini.
Ouvir a classe
Ainda nessa linha, Patrícia pretende implementar uma ação já realizada pelo seu candidato a vice , Leonardo Sica, na presidência da AASP (Associação dos Advogados de São Paulo): a devolução do valor da anuidade em cursos e serviços para o advogado.
Patrícia ressalta que é preciso ouvir a classe e cita as dificuldades que enfrentaram durante a pandemia, por falta de acessos tecnológicos. “A OAB tem que ter uma gestão participativa, que ouça a advocacia e seja transparente também com a sociedade”, diz.
A advogada criminalista é defensora da inserção de minorias dentro do universo do Direito.
Patrícia Vanzolini tem se colocado como uma das forças comprometidas em debates voltados à melhoria da formação da sociedade e da comunidade jurídica.
Como ela mesma atua, também defende o espaço e a representatividade da mulher na advocacia e na sociedade, na formação de jovens, uso da tecnologia e democratização, a questão de gênero, interesses da mães advogadas, renovação na OAB e valorização da advocacia.