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Os jovens de 20 a 29 anos estão entre as maiores vítimas de acidentes de trânsito envolvendo bicicletas, segundo a Abramet
Com aumento dos ciclistas nas ruas, cresceu também o número de acidentes envolvendo as bikes
Com o aumento do volume de bicicletas nas ruas do Brasil, como alternativa de transporte, também sobe o índice de acidentes, segundo levantamento feito pela Abramet (Associação Brasileira de Medicina no Tráfego).
Conforme o estudo, nos cinco primeiros meses de 2021 houve alta de 30%.
Com isso, não apenas esse assunto, mas outros temas, como os efeitos da pandemia na mobilidade serão abordados no o XIV Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego nos dias 16 a 18 de setembro.
Entre os dados do Ministério da Saúde, um dos que mais chamam atenção é a escalada no registro de sinistros no estado de Goiás: em 2021, houve um aumento de 240% em relação a 2020, com 406 casos a mais.
Merecem destaque, ainda, os Estados em que a incidência de sinistros graves acumulou crescimento de 100% ou mais, como Rondônia (113%) e Sergipe (100%).
Entre os municípios, o estudo identifica panorama preocupante nas capitais , especialmente Belo Horizonte, Goiânia e Fortaleza.
O mapeamento preparado pela Abramet também avaliou o perfil dos ciclistas envolvidos em sinistros graves:
cerca de 80% eram homens e a faixa etária predominante está entre 20 e 59 anos – que corresponde a 60% dos casos.
No quadro abaixo é possível verificar os números de ciclistas acidentados no Brasil por faixa etária, de janeiro a maio de cada ano.
Segundo Flavio Adura, diretor científico da Abramet, a entidade aproveitará o conhecimento produzido para propor ações e procedimentos que aprimorem o atendimento de sinistros envolvendo o ciclista , assim como o reforço de políticas públicas que protejam essas vidas.
“A superioridade numérica dos acidentes envolvendo pedestres e motociclistas fez com que os ciclistas fossem negligenciados enquanto objeto de políticas de prevenção”, disse Flavio Adura.
Ele acrescenta que “os ciclistas percorrem ruas e estradas, partilhando espaço com veículos pesados e, muitas vezes, sequer sendo percebidos”.
“Comparada a alguém que se desloca em um automóvel, uma pessoa que circula em uma bicicleta tem uma probabilidade de óbito 8 vezes maior”, ressaltou.