Acessos de banda larga via satélite dobram em 12 meses, segundo Anatel

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de setembro de 2018 às 19:49
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:02
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O uso de satélites para oferta de internet geralmente é direcionado para moradores de regiões interioranas

O número de acessos de banda larga
via satélite registrado em julho foi o dobro do mesmo período do ano passado.
De acordo com dados divulgados nesta terça-feira, 25 de setembro, pela Agência
Nacional de Energia Elétrica (Anatel), em julho foram registrados 161.467
acessos de banda larga via satélite, o dobro em comparação a julho do ano
passado, um aumento de 100,52%.

O uso de satélites para oferta de
internet geralmente é direcionado para moradores de regiões interioranas e
remotas.

A solução é complementar e na maioria
das vezes utilizada em locais sem infraestrutura de cabo nem fibra ótica. “Algumas
localidades no Norte, Nordeste e interior de São Paulo que não têm fibra, nem
cabo, então o satélite é a solução. Esperamos ansiosamente pelas políticas
públicas, que devem ser elaboradas pelo Executivo e Legislativo para serem
implementadas pela Anatel”, disse nesta terça-feira o presidente da agência,
Juarez Quadros, durante evento para debater o tema.

Atualmente, estão em operação no
Brasil mais de 50 satélites, entre brasileiros e estrangeiros. De acordo com
Quadros, com a chegada de novos satélites explorando a banda Ka, que oferece
mais velocidade de acesso, a capacidade dedicada à oferta de banda larga via
satélite no Brasil vai aumentar consideravelmente até 2021.

A expectativa é disponibilizar 177
gigahertz (GHz) à população, dos quais 128 GHz serão em banda Ka; ante 41 GHz
da banda Ka ofertados em 2017. “A missão da Anatel é implementar a política
pública de acesso aos serviços de telecomunicação e a banda Ka tem papel
central nisso”, disse Quadros.

Taxa
de fiscalização

Dentro da agência, um dos
conselheiros da agência, Leonardo de Morais, defende a desoneração das taxas de
fiscalização das VSATs (estação terrena de pequeno porte), que hoje é de R$
201,12, que onera muito o uso de satélite para prestação de banda larga.

De acordo com o conselheiro, que é
presidente do Comitê de Espectro e Órbita da Anatel, o tema é objeto de um
projeto que tramita no Legislativo. “Se aprovado, reduzirá o valor para R$
26,43 [equiparando com o Serviço Móvel Pessoal e Serviço de Comunicação
Multimídia]”, disse Morais.

De acordo com a última pesquisa TIC
Domicílios, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), dos 42,1 milhões de residências no país que contam com o acesso à
internet, cerca de 7% tem conexão via satélite.


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