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Academia Francana de Letras abre inscrições para preencher três vagas
Se o seu sonho é se tornar um membro da Academia Francana de Letras (AFL), a hora é agora. A associação literária abriu hoje, 15, as inscrições para o preenchimento de três cadeiras.
São elas: a cadeira nº 9 (patrono Abdias do Nascimento), a nº 14 (patrono Moisés Maia) e a nº 23 (patrono Jorge Falleiros); veja mais sobre elas abaixo. As inscrições vão até dia 28 de abril.
Há apenas dois requisitos para a inscrição: ser radicado em Franca; e ter publicado obra ou texto literário de reconhecido mérito, inclusive relacionado à História, ao Jornalismo e ao Direito.
Para participar da seleção, é preciso escrever uma carta dirigida à AFL, contendo o currículo do candidato, suas obras e textos publicados, assim como o motivo pelo qual o inscrito gostaria de ingressar na entidade.
Ele também deverá se candidatar a apenas uma cadeira, indicando sua escolha no texto. É recomendável anexar os livros e outros materiais da autoria do candidato.
A carta de inscrição pode ser entregue das 8 às 17h, na recepção da Casa da Cultura e do Artista Francano “Abdias do Nascimento”, localizada na Rua Oscar Brasilino Santos, 1531, Centro. O telefone do local é (16) 3721-8692.
Apenas um candidato será escolhido por cadeira. Os acadêmicos irão realizar uma sessão secreta para escolher os contemplados, em data a ser definida. Serão selecionados aqueles que obtiverem o maior número de votos em cada cadeira.
“Este é um aviso e um chamado às escritoras e escritores de Franca que queiram ingressar na Academia Francana de Letras, uma entidade literária e cultural com mais de 25 anos de existência e bons serviços prestados à cidade e região”, comentou o presidente da AFL, José Lourenço Alves.
“Na Academia, tem-se a oportunidade de interagir com autores, obras e temas que muito acrescentam à própria experiência, na escrita e na vida”.
Sobre as vagas
*CADEIRA Nº 9 – PATRONO ABDIAS DO NASCIMENTO*
Inaugurada pelo acadêmico Castro Eugênio Liporoni, o antigo patrono era o escritor Casimiro de Abreu. Abdias do Nascimento nasceu em Franca, no dia 14 de março de 1914 e faleceu no Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 2011.
Foi ator, poeta, escritor, dramaturgo, artista plástico, deputado, senador, professor universitário e ativista dos direitos civis e humanos das populações negras brasileiras. Considerado um dos maiores expoentes da cultura negra e dos direitos humanos no Brasil e no mundo, foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2010. Seu nome batiza a Casa da Cultura e do Artista Francano.
*CADEIRA Nº 14 – PATRONO MOISÉS MAIA*
Inaugurada pelo acadêmico Roberto Zanin, o antigo patrono era o escritor Érico Veríssimo – a mudança foi aprovada em reunião da AFL no final de 2022.
Moisés Maia, conhecido como o “poeta da enxada”, nasceu na cidade de Cruzília (MG) e viveu em Franca a partir da década de cinquenta. Faleceu em 1970, aos 73 anos. Escreveu os livros “Amor e Piedade” (1953), “Rimas Derradeiras” (1955), “Renúncia e Sacrifício” (1967) e “Nas Asas da Andorinha”.
*CADEIRA Nº 23 – PATRONO JORGE FALLEIROS*
Inaugurada pela acadêmica Perpétua Amorim. Em reunião da AFL realizada em janeiro deste ano, Perpétua trocou de cadeira, passando a ocupar a de número 34, cujo patrono é José Eurípedes de Oliveira Ramos, o “Joca”.
“Eu quis mudar porque o Joca era meu amigo, conselheiro e um grande presidente da AFL. Todo carinho e respeito que sinto pela nossa Academia foi e é herança que ele nos deixou. Assumir a cadeira que leva o seu nome é uma maneira de retribuir esse carinho”, justificou Perpétua.
Jorge Falleiros nasceu em Patrocínio Paulista (SP) no dia 03 de novembro de 1898 e faleceu em São José dos Campos (SP) no dia 19 de novembro de 1924. Poeta. Ainda na infância, mudou-se com a família para Ituverava (SP). Na juventude, ingressa no Seminário Diocesano em Batatais (SP).
É transferido para o Seminário Episcopal de Pirapora (SP) onde conhece Silveira Bueno e contrai tuberculose. Abandona o Seminário, amargurado. Foi ser professor e jornalista. Morreu em busca de tratamento à tuberculose. Teve um livro publicado postumamente, “Nirvana”, em 1924, com prefácio de Silveira Bueno.