“A MÚSICA E OS MÚSICOS” “GETZ/GILBERTO”

  • F. A. Barbosa
  • Publicado em 15 de julho de 2019 às 14:04
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 13:59
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

A paixão dos Estados Unidos pela música latina é bem antiga. Ao longo do século XX o tango, o cha-cha-cha, a rumba e o mambo foram a trilha sonora de muitos bailes e jazz clubs do país.

Em 1962 o saxofonista Stan Getz, nascido na Filadélfia, gravou um disco com o nome de “Jazz Samba”, contendo uma variação exótica de hard bob lírico combinada com o samba.

Em 1963 encontrou-se com João Gilberto e gravaram “Stan Getz And João Gilberto”, reunindo músicos do naipe de Tom Jobim ao piano, Sebastião Neto no baixo e Milton Banana na bateria. Taxado de irritadiço e purista, com sua voz monótona e hesitante e sua suave batida de violão, João Gilberto acabava de criar o gênero que atravessaria as décadas e conquistaria o mundo, sendo, então,chamado de bossa nova. O disco foi gravado em apenas dois dias, 18 e 19 de março daquele ano.

Reza a lenda que o produtor queria que parte de “The Girl From Ipanema”, uma das faixas, fosse cantada em inglês. Como João não falava a língua, sua então mulher, a jovem Astrud ofereceu-se para gravar um take. Seu vocal infantil e ofegante veio a tornar-se uma das performances definitivas do século XX e as duas faixas em que ela canta – incluindo uma leitura da letra de Gene Lees para “Corcovado”, que vira “Quiet Nights Of Quiet Stars” – estão entre os vários destaques deste álbum. Um relançamento, em 1990, inclui a versão em 45 rpm das duas músicas.

Fontes : “1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer” – Ed. Sextante

Revista da Música

Arquivo Pessoal de Dados

Fotos: Divulgação


+ zero