A luta contra o tempo em pesquisas de uma pílula para tratamento de Covid-19

  • Cláudia Canelli
  • Publicado em 4 de junho de 2021 às 08:00
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Os testes verificam se as drogas provocaram respostas suficientes no corpo para indicar que podem ser eficazes contra o vírus da Covid-19.

As pesquisas de vacina continuam, mas tem muito trabalho também para encontrar um medicamento contra covid

Por mais que o foco seja nas vacinas, a Pfizer está testando uma pílula para tratar a doença que desencadeou a pandemia global.

Os resultados são preliminares de tratar a Covid-19 através de uma pílula, porém, a abordagem é promissora e tem como alvo direto o próprio vírus.

Isso porque muitas das doenças associadas ao coronavírus são pela intensa resposta inflamatória e imunológica com uma infecção. Os tratamentos bem-sucedidos até agora focam na resposta imunológica.

O vírus como a Covid-19 possivelmente entram na célula hospedeira para se reproduzir. Sendo que uma vez dentro da célula, o SARS-CoV-2 remove o revestimento externo e libera seu RNA viral. Isso funciona como um modelo, o qual permite que o vírus se replique e infecte outras células.

Então, um medicamento que pudesse atingir efetivamente e impedir a replicação do vírus pode ser benéfico. Os inibidores de protease são utilizados para tratar outras infecções virais, como HIV.

Os cientistas propuseram um medicamento antiviral desenvolvido para tratar ebola, o remdesevir, que retarda a capacidade do vírus de replicar seu RNA.

Os primeiros relatórios fizeram com que a Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos aprovasse o medicamento para uso emergencial.

Por outro lado, os resultados de ensaios clínicos randomizados em pacientes hospitalizados com Covid-19 grave foram decepcionantes. Agora, a Pfizer/BioNtech está levando dois medicamentos para ensaios clínicos para Covid-19:

  1. PF-07304814: injeção intravenosa para uso em pacientes hospitalizados com Covid-19 grave;
  2.  PF-07321332: agente oral ou pílula, que poderia ser usado anteriormente na doença.

Em março, começou os testes de fase 1 em que selecionaram voluntários saudáveis ​​e usaram diferentes doses dos medicamentos.

Ademais, verificam se as drogas provocaram respostas suficientes no corpo para indicar que podem ser eficazes contra o vírus da Covid-19.

Depois, a próxima etapa seria os ensaios de fase 2 ou 3 e normalmente, esse processo leva anos, só que como a pandemia continua a prevalecer globalmente, a Pfizer disse que fará isso em questão de meses, caso os testes de fase 1 forem favoráveis.

Os resultados ainda são preliminares, porém, os agentes da Pfizer/BioNtech são promissores. Eles podem ser usados ​​no início da doença, especialmente em pessoas mal protegidas pela vacinação ou naquelas que não foram vacinadas.

(Com informações da Medical Xpress, via Olhar Digital)


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