79% dos alunos estão satisfeitos com estratégias de ensino remoto no Senai

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 19 de setembro de 2020 às 08:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:14
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Responderam à pesquisa 6.279 estudantes, 560 docentes e 139 gestores de 91 escolas do Estado

A Pesquisa Educacional Impacto Covid-19 foi aplicada em toda a rede de escolas do SENAI-SP no período  de 21 a 31 de julho

Os alunos e professores do Senai de Franca participaram de uma pesquisa de satisfação sobre o ensino remoto. 

Além de Franca, a pesquisa também foi aplicada nas outras unidades do Senai no Estado de São Paulo.

E o resultado desse levantamento foi de que 79% dos alunos da rede se sentem totalmente atendidos e 19% parcialmente atendidos em atividades que envolvem comunicação, acompanhamento, resolução de atividades, respostas às dúvidas e suporte à utilização de ferramentas remotas adotadas pela instituição durante a pandemia. 

A Pesquisa Educacional Impacto Covid-19 foi aplicada em toda a rede de escolas do SENAI-SP no período  de 21 a 31 de julho.   

Outro dado da pesquisa mostra que cerca de 90% dos alunos concordam – totalmente ou parcialmente – que as estratégias adotadas pelas escolas garantiram sua formação. 

Quanto ao desenvolvimento das capacidades técnicas, 58% se dizem totalmente atendidos com as devidas estratégias de mudanças para o ensino remoto e 33% parcialmente atendidos.      

O levantamento também ouviu professores e gestores que no período da pandemia tiveram que se adaptar ao novo formato em dar aulas mantendo a qualidade do ensino sem interromper a boa capacitação de profissionais da indústria.      

Segundo o levantamento, a grande maioria dos docentes, 90%, declarou que os cursos foram modificados para que fossem viabilizados de forma remota. 

Para que isso fosse possível, 24% dos gestores proporcionaram aos professores os ambientes e a estrutura da escola, e 19% disponibilizaram recursos para a preparação das aulas, como laboratórios, oficinas e equipamentos para gravação e transmissão. 

Cerca de 14% ainda ofereceram computadores e notebooks aos professores. Outra importante ferramenta de apoio foi a criação de grupos de estudos para que os professores compartilhassem suas experiências, estratégia citada por 34% dos gestores das escolas.  

Quanto ao suporte tecnológico aos alunos, 27% dos gestores das escolas disponibilizaram computadores, notebooks e tablets. 

Houve ainda relatos sobre provimento de rede de internet e levantamento para liberação de modem. 

De acordo com a pesquisa, 72% dos estudantes acessam internet por banda larga (cabeada ou wifi), enquanto 24% pela banda larga e pacote de dados móveis e 4% só por meio de dados móveis. 

A maioria dos estudantes (68%) possui computador e celular, enquanto 26% declararam possuir só celular. Destes, 44% compartilham o dispositivo (celular ou computador) com outras pessoas na casa.      

As estratégias educacionais à distância mais utilizadas foram: videoaula (98%), e-mail (94%), chat (93%) e WhatsApp (90%). Cerca de 76% utilizaram os ambientes remotos de ensino – como Teams, Moodle e Google Classroom – sem dificuldade, e somente 11% revelaram dificuldades em realizar as videoaulas síncronas.      

Bem-estar    

A pesquisa também analisou os impactos da pandemia na saúde física, emocional, familiar e financeira dos alunos e professores. 

Aproximadamente 35% declararam que enfrentaram sofrimento emocional com prejuízo nas suas atividades educacionais.

Este sofrimento emocional foi verificado também em 22% dos familiares dos alunos e em 9% dos docentes. Já os impactos financeiros atingiram cerca de 20% dos estudantes que declararam ter perdido o emprego, enquanto 55% tiveram algum impacto financeiro pessoal ou familiar. 

Entre os docentes, 41% declararam ter sofrido impacto financeiro individual ou familiar. Esse e valor se manteve constante em todas as regiões do estado.  

Para o apoio físico e emocional das pessoas, foram usadas as ferramentas como e-mail, WhatsApp e encontros remotos. Além de outras práticas, como distribuição de cestas básicas e práticas de acolhimento e motivação.    

Outro ponto que chamou a atenção na pesquisa foi a atuação dos Analistas de Qualidade de Vida (AQV), que acompanham de perto os alunos e colaboradores em diversas questões pessoais e profissionais, humanizando cada vez mais, a relação da instituição com as pessoas. Este apoio foi referenciado espontaneamente por 8% dos entrevistados.    

Retorno Presencial    

Questionados sobre o retorno às atividades presenciais, 50% dos estudantes já se sentem à vontade, 35% ainda condicionam o retorno às condições oferecidas pelas escolas e pelo próprio município e 15% não estão confortáveis com a volta. 

A pesquisa também perguntou sobre a continuidade das estratégias remotas adotadas durante a pandemia, e 54% concordam com sua manutenção – total ou parcial, enquanto 46% não concordam.    


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