Cidades do Estado de SP ignoram aval para abrir e adiam retorno de aulas

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de setembro de 2020 às 16:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:11
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128 dos 645 municípios paulistas (menos de 20%), comunicaram que iriam autorizar algum tipo de retorno.

​Embora autorizadas pelo governador João Doria para retomar as aulas presenciais a partir da próxima terça (8) após quase seis meses de suspensão, cidades e escolas paulistas adiarão o retorno.

Elas alegam não considerar seguro reabrir as unidades ou pelo pouco tempo que tiveram para planejar as mudanças necessárias.

Pelo Plano SP, cidades que estivessem há pelo menos 28 dias na fase amarela, a terceira na escala de cinco gradações da quarentena, poderiam abrir instituições de ensino privadas e públicas para aulas de reforço e acolhimento de estudantes a partir de 8 de setembro e para aulas regulares em 7 de outubro.

No entanto, houve pouca adesão ao cronograma do estado, algo visto com preocupação pela equipe de Doria, pois o desalinhamento mostra falta de confiança na análise do centro de contingência do coronavírus em São Paulo.

A capital paulista e as cidades do ABC foram os primeiros a anunciar que não seguiriam o cronograma. 

Na última semana, cinco municípios – Itu, Sorocaba, Itapevi, Ribeirão Preto e Cotia – formalizaram a autorização para que escolas particulares retornassem, mas decidiram deixar as públicas fechadas.

Segundo o governo estadual, 128 dos 645 municípios paulistas (menos de 20%), comunicaram que iriam autorizar algum tipo de retorno.

Sorocaba anunciou que aulas presenciais na rede municipal só voltam em 2021, mas liberou as escolas particulares para reabrir já nesta terça (8). 

Porém, como a liberação só foi anunciada no último dia 27, as escolas afirmam não terem tido tempo hábil para se organizar.

O Sindicato dos Profissionais de Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) defende que o retorno presencial fique apenas para 2021. 

Na sexta (4), porém, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo indeferiu o pedido pela suspensão da volta às atividades presenciais nesta semana, alegando que as escolas estão preparadas.


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