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Conheça opções diferentes e alternativas para continuar usando acessórios sem prejudicar a saúde da pele
Quem não gosta de escolher o look perfeito, combinando as roupas com acessórios cheios de estilo?
E depois de alguns minutos começa a sentir coceira e ver bolinhas vermelhas surgindo pela pele… Só quem já sofreu com alergia a bijuteria sabe o que isso significa.
Brincos, pulseiras, colares e anéis, dependendo do tipo de material pelo qual são produzidos, podem causar lesões na pele, prejudicando a saúde do organismo.
O principal responsável por esse problema é o níquel, um dos componentes presentes na fabricação das peças.
Outros elementos também podem colaborar para agravar a situação, como o cromo e o cobalto.
É importante evidenciar que alergia a bijuteria é diferente de irritação.
A primeira tem efeitos muito mais prejudiciais, sendo que, em contato com determinadas substâncias, a intensidade e recorrência do problema pode piorar.
Enquanto que a segunda é mais leve, ocorrendo em ocasiões específicas, como, por exemplo, quando mexemos com ácidos.
Além disto, a irritação se limita à área em que houve proximidade, enquanto que, com as alergias, os sintomas extrapolam a região afetada.
É uma resposta do sistema imunológico a alguma ação que tenha causado hipersensibilidade. Esse tipo de distúrbio é conhecido como dermatite de contato.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são a vermelhidão da região, coceira incessante, bolinhas avermelhadas, irritação, eczemas (pequenas lesões), inchaços, descamação da pele e, em casos mais graves, pode evoluir para infecções e sangramentos.
No caso da alergia de contato a bijuterias e joias os locais mais acometidos são os olhos, a orelha, o pescoço e os braços.
Por que ocorre?
Grande parte das pessoas têm predisposição para esse tipo de alergia, “isso está na constituição genética do indivíduo, e os problemas podem surgir desde a primeira vez que você colocar o acessório ou depois de vários usos”, explica a dermatologista Ana Carolina Lage.
Mas outros fatores também colaboram para o aparecimento de maiores lesões.
A pele ressecada, que é mais sensível, e o tempo de exposição ao material, o local de contato também influencia, já que a pele menos espessa, como das pálpebras e orelha, é mais suscetível à alergias.
Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), mostrou que de 1.208 pacientes testados, 404 (33,5%) apresentaram alergia a um ou mais dos metais das bijus como níquel, cobalto e cromo.
Como evitar
Qualquer material pode causar alergia, isso depende muito de pessoa para pessoa. Mas algumas substâncias apresentam maior grau de rejeição a pele, como o níquel, o zinco, o cromo e o cobre.
Outros, como ouro e prata possuem menor probabilidade de reação. É preciso atenção à origem e fabricação do acessório.
Uma dica é buscar itens mais puros, de industrialização reconhecida. Ou, ainda, que tal investir em peças folheadas? Elas também são uma alternativa que inflige menos a pele.
Outras ideias são as chamadas bijuterias nickel-free, que são feitas com aço inoxidável ou alumínio.
Existem outras opções que também não utilizam metal, como os acessórios feitos de pedras, vidro, fibras e tecidos. Pulseiras e colares produzidos com cordões e pequenos pingentes podem provocar menos reação.
Existe tratamento?
De um modo geral, para ocorrer um problema menor, evite o contato com o material ou com a substância que provoca a irritação.
“Quando sentir alguma reação estranha ao usar o acessório, a pessoa deve retirá-lo imediatamente e, caso o sintoma persista, procura um dermatologista”, discorre Ana.
O tratamento vai depender de pessoa para pessoa, além da situação da enfermidade. Em alguns casos, após consultar um especialista, pode ser recomendado o uso de anti-histamínicos e corticoides.
É importante não coçar a região, assim não ocorrendo risco de maiores descamações.
*Fonte: Alto Astral