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Levantamento com cerca de 300 mil alunos identificou mais de 22 mil com dificuldades no ambiente online
Mais de 22 mil alunos das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais receberam pacotes de dados do Centro Paula Souza (CPS) para acesso às aulas remotas.
A entrega dos chips foi realizada após um levantamento junto à comunidade escolar para identificar os estudantes que tiveram dificuldades para acessar a Plataforma Microsoft Teams. Essa é a ferramenta adotada pelo CPS para uso nas atividades acadêmicas durante o período em que as escolas estão fechadas.
Desde que recebeu o chip, o estudante Leonardo Almeida, de 20 anos, que cursa Desenvolvimento de Sistemas na Etec Dra. Ruth Cardoso, em São Vicente, não precisa mais pedir a senha do vizinho para usar sua rede e enfrentar oscilações no sinal. “Estava ótimo no início, mas o sinal foi ficando fraco, fraco, até cair de vez”, conta.
E a visita à lan house não vai mais fazer parte da rotina de Amanda Gabriela Marques de Queiroz, de 30 anos, aluna do curso de Segurança da Informação, da Fatec São Caetano. “Foi a saída que eu encontrei, mas era insustentável”, conta. “Se eu não tenho recursos para ter internet em casa, não podia ficar pagando uma lan house”, diz.
A solução também chegou para aqueles que tentaram usar o pacote de dados do celular, como Mickaelly Tatiane Silva Mota, de 27 anos, estudante de Processos Metalúrgicos da Fatec Sorocaba. “Eu só conseguia assistir meia aula com o 4G”, revela.
A pandemia obrigou o CPS a se reinventar e, em menos de um mês, transportar as aulas presenciais para o ambiente virtual. Toda a comunidade escolar teve de se adaptar.
Diante do desafio de garantir a presença dos estudantes nas aulas online, a instituição fez um amplo levantamento entre os seus mais de 300 mil alunos. O objetivo era localizar aqueles que enfrentavam algum tipo de dificuldade de acesso à plataforma de ensino remota.
Foram identificados 22,5 mil estudantes e cada um recebeu um cartão para acesso à internet com disponibilidade de 20 gigabytes por mês, a ser usada exclusivamente para acesso às aulas.
A oferta dos chips foi mais uma das ações do Centro Paula Souza para garantir o acompanhamento das aulas durante o período de isolamento social. Graças a esse recurso e ao empenho de alunos e professores, o semestre teve finais felizes, apesar da pandemia.
O cartão de acesso à internet ficará disponível para o segundo semestre letivo e novos alunos também serão contemplados.