Olavistas, militares e evangélicos não querem Renato Feder no MEC

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de julho de 2020 às 14:18
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:56
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O presidente Bolsonaro convidou Renato Feder para chefiar a pasta, mas anúncio oficial ainda não foi feito

O presidente Jair Bolsonaro convidou o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para chefiar a pasta. 

O anúncio oficial, porém, não foi feito após pressões contrárias de setores ligados ao governo. 

Feder confirmou o convite a amigos e acabou não sendo nomeado para o cargo. 

Olavistas, militares e evangélicos criticaram fortemente a indicação. Fontes ouvidas pelo jornal Estado de SPaulo afirmam que o presidente pretende analisar as repercussões antes da decisão final.

Alguns dos principais auxiliares de Bolsonaro confirmaram o convite a Feder e que ele havia aceitado. Logo em seguida, começou a resistência de vários grupos, o que se tornou um dos temas mais comentados na rede bolsonarista, com também muita pressão sobre o Planalto.

Fontes já dizem que Bolsonaro poderia desistir de Feder. Segundo o Estadão apurou, o presidente teria dito que só anunciaria o indicado se ele passasse no “teste da fritura”.

Olavistas têm um histórico de sucesso em frituras iniciadas nas redes sociais que terminaram em demissão, como a ex-secretária de Cultura, Regina Duarte, e os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo). 

Eles passaram chamar a atenção para uma eventual ligação de Feder com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Também acusavam o governo de ter feito uma escolha para agradar empresários e apaziguar a guerra ideológica.

Por outro lado, aliados do presidente, como a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), davam a boas vindas para o indicado. 

No twitter, ela disse que “Renato Feder defende a escola e o ensino sem ideologia política” e “é exatamente o q (sic) queremos”. O ex-ministro Abraham Weintraub também desejou “sorte e sucesso” ao sucessor.

Evangélicos pressionaram o Planalto contra Feder, que é judeu. Os militares se disseram surpreendidos e tentam emplacar um nome ligado a eles, que acreditam ter mais força política. 


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