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Restaurantes liberam 117 toneladas de material particulado fino, ou 9,4% da emissão de veículos automotores
A professora Regina Maura de Miranda, do curso de Gestão Ambiental da Escola de Artes, Ciências e Humanidades, da USP, fez uma pesquisa de mestrado em que analisou as emissões de gases poluentes em pizzarias na cidade de São Paulo.
A cidade tem aproximadamente 6,5 mil pizzarias e os resultados da pesquisa mostraram que, anualmente, elas liberam na atmosfera 117 toneladas de material particulado fino, o equivalente a 9,4% do total desse mesmo tipo de poluente emitido por veículos automotores.
O estudo analisou três pizzarias com produção em fogão a lenha: duas utilizavam eucaliptos e uma, briquetes – blocos feitos a partir de resíduos de madeira.
Entrevistada pelo programa Ambiente é o Meio, da Rádio USP, a professora contou que o estudo é pioneiro, pois os pesquisadores, ao invés de fazer as análises em laboratório, montaram o equipamento no telhado das pizzarias, enquanto o estabelecimento estava em pleno funcionamento.
“O que nos propomos a medir foi só o material particulado fino, que é um dos poluentes mais prejudiciais à saúde humana porque penetra profundamente no sistema respiratório”, diz a pesquisadora.
As análises, segundo a professora, são importantes para caracterizar os compostos químicos emitidos pelas pizzarias e avaliar o potencial impacto no clima e na saúde das pessoas.
“Em estudos futuros, a ideia é trabalhar com outros poluentes e tipos de alimentos”, conta.