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A diferença na média geral entre alunos com e sem internet é de 52 pontos, segundo levantamento
Internet em casa ainda é luxo para muitos brasileiros. Para os jovens que tentam uma vaga na universidade por meio do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a falta de conexão pode indicar uma diferença de até 52 pontos na nota final.
De acordo com dados da prova aplicada em 2018 – últimos disponíveis – fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e analisados pelo (M)Dados, a média da pontuação dos alunos sem internet é menor do que os seus concorrentes com conexão doméstica em todos os cinco componentes que formam o Enem.
A redação tem a maior diferença na média dos dois grupos, de 88,12 pontos. Em seguida vem matemática, com uma disparidade de 54,53.
Em linguagens e códigos, é de 42,48 pontos. Já em ciências humanas, fica em 40,04 pontos, e em ciências da natureza, em 37,53.
A Flourish chart
Enem em ano de pandemia
A prova que regula a entrada dos jovens brasileiros nas universidades públicas pautou longo debate coletivo no início de 2020 por conta da reticência do governo federal em adiar o exame diante da pandemia mundial de coronavírus.
A medida só foi adotada após o Senado Federal aprovar um projeto determinando a postergação.
O objetivo é evitar que alunos sem internet em casa sejam prejudicados pela falta de aulas presenciais, uma das medidas tomadas para evitar que o vírus se espalhe.
No entanto, a diferença significativa nas notas dos alunos com ou sem acesso à rede é uma realidade mais antiga do que a pandemia.
*Metrópoles