“Como estrelas na terra”: um filme emocionante para professores, pais e alunos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de maio de 2020 às 12:34
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:42
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O filme conta a história de uma criança que sofre com dislexia e a dificuldade para ser compreendida

O filme conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. 

Ishaan Awasthi (Darsheel Safary), de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. 

Um professor substituto de artes, Nikumbh (Aamir Khan), logo percebe o problema de Ishaan, e entra em ação com seu plano para devolver a ele a vontade de aprender e, sobretudo, viver.

Sinopse

O pequeno indiano Ishaan sofre de dislexia, as letras na lousa à sua frente dançam, ele não consegue acompanhar normalmente as aulas, a sua atenção é sempre desviada, logo, ele repete de ano, situação que desperta no pai grosseirão a humilhação por aquilo que enxerga como um fracasso familiar, afinal, o que os outros dirão?

Ao insinuar que conduzirá o menino para um rígido internato, aflora na criança a depressão, ela se sente castigada por algo que não consegue controlar, um lento processo que alimenta vorazmente sua baixa autoestima.

A melancolia passa a ser seu estado de espírito dominante, gradativamente bloqueando-o ainda mais para os estímulos externos.

As letras dançam na sua frente

A escola, enquanto microcosmo, está engessada pelos rituais desgastados de aprovação, aquele que não consegue se adequar ao molde, passa a ser visto rapidamente como um fardo, um enigma insolúvel.

É quando vemos inserida a figura gentil do professor substituto, Nikumbh, vivido pelo próprio diretor Aamir Khan, um elemento que, motivado apenas pelo amor à sua função, conseguirá operar com sua técnica multissensorial modificações impressionantes não só no aluno, como também em seus pais.

Como não poderia deixar de ser, pelo nobre exemplo, nos dirigentes da instituição. A arte, expressão mais bonita do ser humano, em sua pedagogia livre de amarras é utilizada pelo mestre como poderosa ferramenta motivacional.

O roteiro incita uma reflexão corajosa sobre o papel do ensino acadêmico

Da mesma forma que ele ensina aos pais que a decisão de ter um filho não pode ser simplesmente a projeção de frustrações, ou o cumprimento de uma cobrança social, ele prova que o único caminho amoroso de eficácia garantida é reconhecer as características individuais únicas do menino, valorizando a beleza da complexidade.

Um filme delicado, com um enorme coração pulsante, que evidencia a importância de se ampliar o círculo de compaixão no cotidiano, perfeito para professores e alunos de todas as idades, uma experiência emocionante que só melhora a cada revisão.


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