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Sindifranca aponta que em 60 empresas quase 2 mil trabalhadores já foram demitidos nos últimos dias
As lideranças de diversos segmentos de Franca já anteveem uma situação de instabilidade enorme em 2020 no Município.
A situação ocasionada pelo coronavírus, que afetou o mundo todo, implicará em sérias consequências a partir da próxima semana.
Na indústria calçadista pelo menos, as demissões chegaram nas últimas duas semanas a 2.916 trabalhadores.
O presidente do Sindifranca – Sindicato da Indústria Calçadista de Franca, José Carlos Brigagão, disse ao Jornal da Franca que a previsão pode ser mais alarmante, uma vez que que o CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – ainda não divulgou os números de 2020.
Os números foram contabilizados numa rápida pesquisa feita em 60 empresas da cidade. Franca pode ultrapassar a marca dos 6 mil desempregados.
Dos quase 14,4 mil trabalhadores empregados, mais da metade devem ter perdido seus postos de trabalho, acredita Brigagão.
Na cadeia calçadista, as demissões deverão ser maiores. “Para cada empregado demitido na fábrica, afeta dois na cadeia calçadista. O segmento de bancas de pesponto, costura ou enfeites sofre mais”.
Essa é a parte mais fraca no processo, porque são empregados que não têm vínculo trabalhista, não têm seguro desemprego e nem assistência médica.
A previsão sombria reflete em todas as áreas, principalmente na social, contou Eliete Neves, secretária de Ação Social do Município.
O número de família cadastradas em situação de vulnerabilidade social, que já era grande, em torno de 13 mil, já chega a quase 20 mil.
“São pessoas e entidades solicitando auxilio a todo instante. Isso pode trazer uma instabilidade social muito grande na cidade”.
Informação divulgada pela Abicalçados no início de abril, veiculada pelo Jornal da Franca, revela que a indústria calçadista é um dos segmentos que vêm sendo fortemente impactados pela pandemia do coronavírus.
As empresas empregavam, conforme dados do final do ano passado, 269,4 mil pessoas no Brasil, das quais 86,9 mil no Rio Grande do Sul e o restante espalhados por São Paulo, Ceará, Santa Catarina, Bahia e outros centros.
Em Franca, os números apontavam cerca de 14,4 mil trabalhadores nas indústrias calçadistas.
Se a situação está dessa maneira no setor calçadista, no comércio, serviços e outros segmentos os números podem chegar a mais de 14 mil desempregados em Franca.
A realidade é essa e traz uma preocupação enorme ao poder público, que terá um gasto maior em suas ações, seja em saúde, ação social, educação e tudo mais.