Os comerciantes da capital paulista não terão como aguentar a prorrogação da quarentena no Estado até 22 de abril sem algum tipo de contrapartida do governo e da prefeitura, afirmou a Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
A entidade diz que pode entender a decisão do Estado no intuito de proteger as pessoas do coronavírus. Porém, governo e prefeitura não estão oferecendo nenhuma contrapartida.
“Não tem como levar isto até o dia 22 sem que se postergue o ICMS, o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto Territorial Urbano (IPTU) por no mínimo 90 dias”, disse Alfredo Cotait, presidente da ACSP.
Segundo Cotait, os governos precisam de um plano para quando o período de quarentena acabar.
“Tem de haver um plano de saída. É preciso que o governo apresente as medidas para que os empresários possam se planejar para quando a quarentena acabar”, afirmou.
O presidente da entidade pede flexibilização na ordem de fechamento do comércio e dos serviços para alguns setores, o que poderia ser adotado em cidades menores, com até 5 ou 10 mil habitantes, sugere.
“No comércio de rua da cidade de São Paulo, tomando todas as medidas de saúde necessárias, também seria possível essa flexibilização”, avaliou.