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Secretaria Nacional do Consumidor recomenda diálogo e evitar judicialização: alteração é “por força maior”
Com as aulas presenciais sem data de retorno, em algumas escolas particulares de São Paulo grupos de pais se organizaram para pedir desconto coletivo, enquanto outros se preocupam com a manutenção dos funcionários e professores pelas instituições.
Em meio a isso, a Secretaria Nacional do Consumidor recomenda o diálogo e evitar a judicialização – uma vez que a alteração é “por força maior”.
Mesmo entre as escolas de elite, há divergências. Uma delas encaminhou nota aos pais, informando que dará desconto de 30%. “Esse valor será aplicado durante os meses em que a escola estiver operando por meio de plataformas de ensino online.”
Outro colégio tradicional informou que não dará desconto coletivo, dizendo que a economia da instituição com a quarentena seria irrisória para conseguir reduzir a mensalidade dos.
A escola ainda lembrou que precisou fazer investimento em tecnologia para poder oferecer o ensino a distância.
Em São Paulo, um estabelecimento disse que não reduzirá a mensalidade, mas já está operando 100% digital e ofereceu ajuda a outras escolas para implementar o ensino a distância.
Além disso, ofertou gratuitamente todo o seu conteúdo digital, incluindo as aulas que acontecem em tempo real.
Algumas escolas estão se organizando para soltar um comunicado aos pais nos próximos dias para informar sobre a mensalidade. Em algumas delas, os descontos são casos individuais, para ajudar pais que foram atingidos pela situação.
O Dante Alighieri ainda está analisando desconto coletivo. O Santa Cruz preferiu não se pronunciar, mas a Stance Dual diminuirá em 12% a mensalidade de abril – mas informou que o valor será reposto em três parcelas equivalentes (4% cada) nas mensalidades de outubro, novembro e dezembro.
As escolas que trabalham com material didático de grupos nacionais, com um público mais voltado para a classe média, pede paciência aos pais.
Como a situação é complexa, quem falou pediu anonimato. Um diretor salientou: “Estão esquecendo que, se as escolas pararem de receber a mensalidade, vai ter gente que vai parar de receber salários.
“A ideia é manter o salário dos funcionários integralmente. Hoje tem muita gente olhando em causa própria. Tem pai pedindo desconto, outros que são contra as férias, outros contrários ao ensino a distância”.
“No momento, todos estão muito à flor da pele. O importante no momento é pensar mais no coletivo”, declarou.