compartilhar no whatsapp
compartilhar no telegram
compartilhar no facebook
compartilhar no linkedin
I
– Professor, o senhor faz outra coisa além de dar aulas?
– Claro que faço: às vezes, faço papel de criptonita em filmes do Super-Homem e, às vezes, de teia de aranha nos filmes do Duende Verde. Agora, tenho um sonho: parar de dar aulas, pra fazer papel de parede nas novelas da Rede Globo. Se o Giani faz, por que não eu?
II
– Professor, a gente aprende literatura, pra quê?
– Para diferenciar você dá vaca da sua fazenda. Até agora vocês são iguaizinhos. Recite poemas de Camões para ela, quem sabe ela não dá mais leite? Quem sabe, não arruma um boi zebu pra ela? O perigo é ela se sentir a Capitu do Machado e te beijar na boca, de língua.
III
– Professor, você vai ensinar o quê na aula sobre Barroco?
– Vou ensinar a construir barracos, todo mundo a pular amarelinha e a comer em tachos de barro. Posso também ensinar todo mundo a treinar cuspe a distância.
IV
– Professor, pra que ficar lendo livros?
– Pra aprender a correr cem metros rasos e a dançar rumba no Centro de Tradições Gaúchas.
V
– Professor, por que a gente tem de estudar?
– Pra arrumar um jeito de acabar com a guerra entre os terráqueos e os Klingons ou a fazer papel de Chita, em filme de Tarzan. Talvez, a cantar Babalu em festa de criança.
VI
– Professor, eu preciso estudar pra essa prova?
– Não. O Batman nunca estudou pra virar morcego! O Lula nunca estudou pra andar na esteira. Tartaruga nunca estudou pra andar com a casa nas costas!
VII
– Professor, por que o senhor me deu zero nessa prova? Achei que eu tinha ido bem.
– Ah! Não é nada. Eu estava treinando a usar um compasso para explicar o livro O Cortiço. Você já tinha ido embora, quando expliquei sobre a influência da banana na vida sexual do macaco.
VIII
Professor, o senhor não entendeu nada sobre o que eu quis dizer nessa questão. Por isso riscou a questão com caneta vermelha?
– A questão é que adoro bolinhas de sabão e tarado por pintinhas vermelhas em quem contraiu sarampo. Além do mais, não sei nada sobre a filosofia de Confuso. O homem também pode ser a hemorroida do homem. Certo? Ou o enfarto do miocárdio. Certo? Ou o genuflexório da igreja. Certo? Ou até mesmo aquela bola idiota que desce na Time Square no ano novo americano