Com sinais de reação da economia, medo de desemprego diminui no país

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  • Publicado em 8 de janeiro de 2020 às 13:47
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:14
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O indicador caiu de 58,2 pontos em setembro para 56,1 em dezembro e, apesar da melhor, medo ainda existe

A economia brasileira ainda não engrenou de vez, mas os leves sinais de recuperação nos últimos meses já começam a surtir efeito na confiança da população. O medo de desemprego caiu de setembro para dezembro, segundo indicador da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgado nesta quarta-feira, 08 de janeiro.

O que é esse indicador? O Índice de Medo do Desemprego é divulgado a cada três meses e calculado a partir de entrevistas com uma amostra da população. 

A partir das respostas, a CNI calcula o indicador em uma escala de 0 a 100 pontos. Quanto maior a pontuação, maior o medo de perder o emprego.

A CNI ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre 29 de novembro e 2 de dezembro de 2019.

Quais foram os resultados? O indicador caiu de 58,2 pontos em setembro para 56,1 em dezembro. Apesar da melhora, o resultado ainda representa um medo elevado da população em perder o emprego, segundo a CNI, que ressalta que a média histórica do índice é de 50,1 pontos. Ou seja, o momento atual ainda assusta o brasileiro.

Qual a análise que a CNI faz do resultado? “A perspectiva de recuperação da economia se consolidou a partir do segundo semestre. Os índices de crescimento econômico começam a reagir e o mercado de trabalho também começou a apresentar melhora. Tudo isso aumentou a esperança da população em recuperar o emprego perdido e até de trocar de emprego”, afirma Maria Carolina Marques, economista da CNI.

Tem alguma região ou classe mais temerosa? Sim. O medo do desemprego é muito mais elevado entre os brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo. 

Nessa faixa de renda, o indicador subiu 0,9 ponto em relação a setembro e atingiu 69,7 pontos em dezembro, muito acima dos 37,4 pontos verificados entre as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos.

O medo do desemprego também é maior entre as mulheres. A diferença em relação aos homens alcançou, em dezembro, o maior patamar desde março de 2005. O índice para mulheres passou para 63,2 pontos em dezembro. Entre os homens, o indicador caiu 5 pontos e recuou para 48,5 pontos, mostra a pesquisa.

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