Veja cinco mitos sobre o clareamento odontológico para tomar sua decisão

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de novembro de 2019 às 15:59
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:04
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Dentes retos, bem delineados, claros e sem manchas abrem portas, trazem ótimas impressões e conquistam

Um levantamento do Google aponta que o Brasil é o segundo país que mais utiliza o site de pesquisas e o YouTube para buscar conteúdo relacionado a beleza, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Tal cuidado se afasta dos óbvios corpo saudável e cabelo bem-cuidado, e dá espaço também à busca pelo sorriso perfeito, o que vai além do aspecto “saúde” da coisa. 

Dentes retos, bem delineados, claros e sem manchas são quase indispensáveis: abrem portas, conquistam e trazem ótimas impressões.

Por conta disso, o clareamento odontológico é um negócio crescente a cada ano no Brasil e no mundo, ajudando pessoas a se sentirem mais confiantes para distribuir sorrisos. 

No entanto, o procedimento necessita da orientação e supervisão de um cirurgião-dentista, que fará uma avaliação dental para determinar qual a concentração ideal do gel a ser usado, a frequência das sessões e outros detalhes importantes.

De acordo com a Dra. Natalia Vasconcelos Sartoretto existem dois tipos de tratamento que podem ser procurados pelos pacientes: 

1) caseiro, feito pelo próprio paciente em casa com orientação de um profissional, onde ele utiliza uma placa de acetato, junto a uma seringa com o produto em uma concentração menor; 

2) a laser, feito pelo cirurgião dentista, dentro do consultório, com um gel em que a concentração é maior e o tratamento é feito em um curto período de tempo.

Para ficar por dentro do assunto e não cair direto na cadeira do dentista, confira abaixo cinco mitos sobre clareamento dental:

1. SENSIBILIDADE DURANTE OU DEPOIS DO TRATAMENTO

São grandes as chances de se desenvolver ou aumentar a sensibilidade no aparelho dentário durante as sessões de clareamento.

Isso acontece porque, o processo de clareamento dos dentes ocorre por meio de produtos químicos, que seriam peróxido de carbamida, usado em clareamento caseiro, e o peróxido de hidrogênio, usado no clareamento de consultório. 

A sensibilidade ocorre, pois o produto causa uma desidratação passageira no esmalte do dente, deixando os canaliculus dentinários expostos ao meio bucal, integrando o meio externo e o meio interno, por isso aumenta a sensibilidade.

É importante, no entanto, enfatizar que tal desconforto é passageiro para a maioria dos pacientes, podendo sumir alguns dias após o término do tratamento.

2. NÃO HÁ RESTRIÇÕES ALIMENTARES

Para que o clareamento seja efetivo, deve-se evitar bebidas e alimentos muito pigmentados, que podem sujeitar os dentes a alterações de cor. 

Na seção de bebidas, é importante evitar café, chás preto e verde, refrigerantes e vinho tinto.

Entre as comidas, não ingerir tomates, cenouras, beterrabas, abóboras ou qualquer outro item que contenha carotenos (forte pigmento orgânico) em sua composição é o ideal.

3. PRODUTOS ABRASIVOS E MAIS BARATOS E O GEL DO BRANQUEAMENTO

A internet está cheia de métodos alternativos para resolver as mais variadas situações e o clareamento de dentes é uma delas. 

É possível encontrar numerosos depoimentos, dicas e vídeos de pessoas que utilizam formas diversas para deixar o sorriso mais branquinho, entre elas o uso de produtos abrasivos como pedra pomes e carvão.

Esses mesmos itens podem ser usados por dentistas em consultas odontológicas, quando há a necessidade de higienizar os dentes do paciente e remover com mais “facilidade” manchas superficiais.

O problema começa quando um leigo começa a utilizar de forma desenfreada esse tipo de produto, o que pode criar ranhuras no esmalte dos dentes, que é a “capa” que clareia o sorriso.

4. OS DENTES VÃO FICAR BRANQUÍSSIMOS APÓS O CLAREAMENTO

A especialista explica que nem sempre, já que o clareamento, como o próprio nome indica, age limpando a superfície do dente que é naturalmente translucida, transparente, deixando com que a luz passe com mais facilidade demonstrando a cor natural do dente que é dada pela dentina. 

E a dentina varia de cor, do branco, amarelo, acinzentado até o marrom. 

Sendo assim, se o paciente tem o dente com coloração mais puxada para o amarelo e para o branco, levantará da cadeira do dentista com o sorriso de um tom mais claro que o anterior, mas não necessariamente branco como uma porcelana.

Isso pode gerar uma leve frustração em pessoas que procuram por um sorriso de porcelana, mas não é algo que deva gerar abalo, já que o resultado final pode ficar igualmente satisfatório. 

Já os pacientes que tem os dentes que variam do cinza para o marrom não terão um resultado tão satisfatório.

Lembrando, que somente um cirurgião dentista poderá avaliar se o caso do paciente é para o clareamento ou para uma reabilitação estética com lente de contato, facetas ou coroas em porcelanas.

5. TODOS PODEM SE SUBMETER A SESSÕES DE CLAREAMENTO DENTAL

Nem todo indivíduo pode ou deve se sujeitar a um clareamento. 

As contraindicações incluem pessoas menores de 15 anos (afinal os dentes não estão totalmente formados ainda), pacientes que esteja passando por tratamentos médicos extremamente debilitantes e gestantes.

Além disso, pessoas que possuem restaurações demais na boca, coroas, facetas ou lentes de contato em porcelana também não devem se sujeitar a um clareamento, já que o gel não age em resina e porcelana e, assim, não atingirá o objetivo desejado.