Forças Armadas do Brasil começam a combater os incêndios na Amazônia

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de agosto de 2019 às 23:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:45
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Os números oficiais mostram que 78.383 incêndios florestais foram registrados no Brasil neste ano

As Forças Armadas começaram neste sábado, 24, a operação de combate ao crescente número de incêndios na Amazônia em meio ao clamor mundial contra o presidente Jair bolsonaro.

A preocupação pelos incêndios na maior floresta tropical do mundo concentrou parte da atenção do primeiro dia da cúpula do G7 em Biarritz, na França.

Também foi um dos “pontos de convergência” encontrados pelos presidentes Emmanuel Macron e Donald Trump, dos Estados Unidos, em um almoço.

Em Brasília, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, anunciou que as operações das Forças Armadas contras as queimadas começam em Rondônia, um dos sete estados dos nove que formam a Amazônia Legal e que pediram ao governo federal o envio de tropas.

A ação foi autorizada na véspera por Bolsonaro em um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que autoriza as forças no combate dos incêndios por um mês.

Foram enviados vários aviões de combate a incêndios, entre eles dois Hércules C-130 da Força Aérea Brasileira (FAB), à capital do Estado, Porto Velho, uma cidade de meio milhão de habitantes coberta nos últimos dias por uma camada de fumaça.

Azevedo afirmou que 43.000 militares que estão permanentemente na Amazônia estão disponíveis para agir onde forem requeridos para apagar os incêndios.

De acordo com a FAB, as aeronaves modelo C-130 Hércules tem um equipamento composto por cinco tanques de água e dois tubos que se projetam pela porta traseira do avião, podendo carregar até 12.000 litros de água. 

Segundo o Ministério da Defesa, a ação desses aviões em Rondônia já fazem parte da GLO.

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), 1.663 incêndios foram identificados entre quinta e sexta-feira no Brasil, mais da metade deles na Amazônia, o maior dos seis biomas do país e lar de mais de 20 dos 210 milhões de habitantes do Brasil.

As cifras oficiais mostram que 78.383 incêndios florestais foram registrados no Brasil neste ano, o pior registro para esse período desde 2013.


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