Profissionais híbridos: o que fazem, o que querem no trabalho e como vivem?

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de agosto de 2019 às 22:54
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:45
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Jovens ousados, sem raízes e fora da caixinha, ganham cada vez mais espaço no mercado de trabalho

Desde a explosão do Big Data o mundo passou por uma grande transformação tecnológica, alterando o modo de viver de gerações de uma forma nunca vista anteriormente. 

O mundo expandiu para era da internet, criando, assim, profissionais híbridos detentores de conhecimento em diversas áreas, e inseridos completamente no universo digital. 

E, dentro dessa digitalização, o mercado de trabalho também tem sentido a necessidade de se atualizar, pois um emprego com uma carreira estável, salário e status já não atrai mais a chamada geração “Z”.

O objetivo agora é outro: os jovens da geração “Z” priorizam a qualidade de vida, e estão ansiosos por viver experiências. 

Eles têm entre 18 e 24 anos de idade e desejam, mais do que tudo, trabalhar com o que gostam (42%), equilibrarem trabalho e vida pessoal (39%) e serem reconhecidos pelo que fazem (32%). 

Esses aspectos são mais importantes do que ganhar bem (31%)é o que diz os dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Para Marcus Araujo, presidente da Datastore e conhecido como “Mago do Imobiliário”, o que a geração “Z” e os Millennias procuram é um ambiente sem amarras, com liberdade de expressão, empregos em que consigam aumentar o processo de criatividade.

“Hoje, muitas construtoras e empresas estão se adaptando ao estilo “Z”, característico de startups, disponibilizando espaço para que os colaboradores possam se sentir em casa, isso desperta o espírito de parceria e pertencimento em cada indivíduo. 

Além disso, o modo de viver também mudou, os apartamentos se tornaram mais compactos e com mais áreas de compartilhamento”, enfatiza.

Os profissionais híbridos são conectados, descolados e, por possuírem experiências em diversas áreas, conseguem se adaptar facilmente a qualquer ambiente e trabalhar em planos de ação para solucionar qualquer problema/imprevisto que possam surgir. 

“Por viverem de maneira intensa eles buscam novas experiências. Eles também não têm mais o sonho de comprar uma casa, casar e ter filhos.

Essa geração não pretende ter carro e prefere utilizar o transporte público, bicicleta ou aplicativos de transportes. 

Se trabalhar em casa, utiliza o coworking do condomínio. Na hora do almoço, a comida chega via aplicativo, as roupas são lavadas na lavanderia coletiva do prédio. 

Ou seja, a vida dessa geração gira em torno do lugar em que moram”, destaca o presidente da Datastore.

Velha geração, novos hábitos

As gerações mais antigas também estão sendo influenciadas pelos hábitos de consumo da geração “Z”, o que pede um conhecimento ainda maior sobre os públicos a serem atingidos pelo mercado imobiliário.

“As pessoas perderam poder aquisitivo por conta da diminuição da renda. A mulher entrou no mercado de trabalho, as famílias optaram por terem somente um filho, as pessoas vivem conectadas, não contam mais com a ajuda de uma empregada doméstica para os afazeres da casa. Tudo caminha para um apartamento menor e com um projeto bem resolvido”, analisa o Mago Imobiliário.

Marcos explica que “o importante é que todos os setores fiquem de olho. Essa geração está priorizando mais a educação, eles são curiosos e apaixonados pelo o que fazem, sabem aplicar a autogestão, querem resolver os problemas de forma rápida e, acima de tudo, priorizam o crescimento pessoal – que já não é mais passar 20 anos na mesma empresa. Estão ganhando cada vez mais espaço no mercado de trabalho e, as organizações que não se adaptarem a essa mudança, ficarão para trás. Fica a dica” – finaliza Marcus.

Sobre a Datastore

Datastore é uma empresa especializada em pesquisas para o setor imobiliário

Fundada por Marcus Araujo em 1994, a empresa possui o maior acervo de informações sobre as demandas imobiliárias dos brasileiros, que abrange desde grandes comunidades planejadas, terrenos em bairro planejado, terrenos em loteamento fechado, apartamentos de todas as categorias, imóveis na praia, no campo, salas e lajes comerciais, hotelaria, terrenos até galpões logísticos. 

Já foram pesquisados mais de 555 bilhões em VGV imobiliário desde 1994 de todas as categorias com inteligência de pesquisas da Datastore.


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