Pesquisa mostra quais são as tendências das comidas do futuro

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de julho de 2019 às 23:37
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:39
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Chocolate com grilo, hot dog de banana e comida sustentável, são alguns dos sabores do futuro

Chocolate com grilo, hot dog de banana e comida sustentável.
Esses são alguns dos sabores da gastronomia do futuro, que foram apresentados
durante o evento Taste Tomorrow Brasil, realizado em São Paulo nesta semana. O
evento mostrou também diferentes sabores da Ásia, Oriente Médio e de lugares
desconhecidos da América do Sul.

Além das comidas, o evento apresentou uma pesquisa com as
tendências gastronômicas do Brasil e do mundo.

O estudo foi encomendado por uma multinacional do setor de
panificação, confeitaria e chocolate e foi feito pelo Instituto de Pesquisa
Ipsos. O levantamento mediu o que as pessoas esperam desse setor em 2030.

De acordo com os dados, 73% dos brasileiros gostam de provar
novas texturas alimentares, 59% buscam “pratos bonitos aos olhos” e 57% buscam
pelo sabor. As perguntas foram feitas para mais de 17 mil consumidores, em 40
países. No Brasil a pesquisa foi feita com 1,2 mil pessoas.

Nas regiões da Ásia, Oriente Médio e América do Sul os
consumidores estão mais otimistas que a comida ficará mais saborosa no futuro –
em 2030. No Brasil, 39% dos entrevistados opinam que a comida ficará mais
saborosa, 45% dizem que será a mesma coisa e 16% afirmam que a comida ficará
menos saborosa.

Ainda sobre o sabor dos alimentos, a pesquisa mostra que ele
continua entre os três principais quesitos de escolha de um produto nos
segmentos de panificação, confeitaria e chocolate. O preço ficou na segunda
posição como um dos fatores decisivos no momento da compra. O cheiro também é
um fator que encoraja os consumidores a comprarem e provarem o pão.

Além disso, a pesquisa aponta que comidas com texturas
diferentes são mais atraentes. Assim, a textura se tornou um componente chave
quando o assunto é sabor, pois proporciona uma nova experiência ao consumidor.

A pesquisa mostra ainda que 87% dos brasileiros entrevistados
concordam que o aroma faz com que as pessoas queiram comprar ou experimentar
pães; 73% dos brasileiros entrevistados gostam de provar comida com texturas
diferentes e 59% dos brasileiros acreditam que a comida ‘bonita aos olhos’ é
também saborosa.

Comida saudável

Globalmente, os consumidores acreditam que a comida ficará mais
saudável no futuro. Consumidores da Ásia e do Pacífico são os mais otimistas se
comparados a outras regiões.

No Brasil, 36% dos entrevistados disseram que a comida será mais
saudável no futuro, número maior que a expectativa global, que ficou em 34%.
Ainda no Brasil, 33% das pessoas acham que será a mesma coisa e 30% acreditam
que a comida será menos saudável.

Segundo a pesquisa, muitos consumidores estão procurando triar
alguns ingredientes de seus alimentos, como o açúcar, em busca de saúde. Da
mesma forma, esses mesmos consumidores estão incluindo ingredientes que
acreditam ser mais saudáveis em seus cardápios, como proteína e fibras.

O levantamento mostra que 80% dos entrevistados no Brasil
acreditam que diminuir o açúcar é benéfico para a saúde; 83% dos brasileiros
entrevistados concordam que fibra tem um efeito positivo na digestão; 74% dos
brasileiros concordam que adicionar ingredientes na panificação – como
proteínas e fibras – é algo bom para saúde e 76% dos brasileiros acreditam que
remover gordura é saudável.

Comida fresca

De acordo com a pesquisa, entre as regiões analisadas existe uma
grande diferença nas expectativas sobre o frescor dos alimentos. Enquanto na
Ásia e Pacífico 47% dos consumidores acreditam que a comida será mais fresca em
2030, na Europa apenas 19% dos entrevistados pensam assim. No Brasil, 32%,
opinam que a comida será mais fresca no futuro, 34% acham que será a mesma
coisa e 34% acham que a comida será menos fresca em 2030.

Comidas frescas mantém a percepção de mais qualidade se
comparada a comidas embaladas. No Brasil, 81% dos entrevistados acreditam que a
comida que você mesmo faz é mais fresca que a comprada, mas 62% concordam que
hoje em dia é mais fácil comprar comida fresca.    


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