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93% das mortes de trânsito ocorrem em países de baixa e média renda, como é o caso do Brasil
A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) é enfática: os acidentes de trânsito custam, à maioria dos países, 3% de seu produto interno bruto (PIB). Segundo a entidade, as lesões ocorridas no trânsito provocam perdas econômicas consideráveis para os indivíduos, suas famílias e países como um todo.
Conforme a última Folha Informativa – Acidentes de Trânsito, 93% das mortes de trânsito ocorrem em países de baixa e média renda, como é o caso do Brasil, embora essas regiões concentrem, aproximadamente, 60% dos veículos do mundo.
Outro fator importante do levantamento tem relação direta com a velocidade. Para a Organização, um aumento da velocidade média está diretamente relacionado tanto à probabilidade de ocorrência de um acidente quanto à consequência. “Cada aumento de 1% na velocidade média produz, por exemplo, um aumento de 4% no risco de um acidente fatal e de 3% no risco de acidente grave. O risco de morte para pedestres atingidos frontalmente por automóveis aumenta consideravelmente: 4,5 vezes de 50km/h para 65 km/h”, aponta a entidade.
Para José Aurélio Ramalho, diretor-presidente do ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária), quando um acidente de trânsito acontece, as pessoas não se dão conta do efeito que isso gera na sociedade. “Dados levantados pelo Observatório indicam que cada brasileiro desembolsou R$255,69 ao longo do ano de 2015 com acidentes de trânsito, uma vez que os gastos com hospitais, médicos, infraestrutura, medicamentos, pronto-atendimento, entre outros, são pagos por meio de impostos. Consequentemente esse recurso deixou de ser investido em melhorias na saúde, educação e saneamento básico, que poderiam ter sido feitas, mas não aconteceram por causa dos acidentes de trânsito que poderiam ser evitados. Para se ter uma ideia, no Brasil gastos com acidentes de trânsito chegam a 2,8% do PIB, algo em torno de 52 bilhões de reais”, explica.
Para Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da Perkons, a mudança desse cenário passa pela conscientização. “O que cada cidadão – seja motorista, ciclista, pedestre, motociclista, passageiro – precisa entender é que quando o seu comportamento muda (individual), o trânsito muda (coletivo). Todos têm essencial relevância na construção de um trânsito mais humano e mais seguro, e conscientização e respeito à vida e às leis são palavras-chaves”, afirma.