Ela estará ao lado de Silvia Poppovic e Ernesto Lacombe, no “Aqui na Band”, com o quadro “Doce Veruska”
A viúva do jornalista Ricardo Boechat, Veruska vai recomeçar a sua vida profissional nesta segunda-feira (27). A morena será colunista do ‘Aqui na Band’, comandado por Silvia Poppovic e Ernesto Lacombe nas manhãs da emissora do Morumbi, em São Paulo.
A jornalista conta que está animada para a estreia e afirma que o convite veio para ajudar a superar a dor que sente pela perda do marido, que morreu em um acidente de helicóptero no início do ano.
No programa, ela ouvirá e ajudará a contar histórias de famílias em que as mulheres atuam como figuras principais ou únicas. O quadro terá o nome de “Doce Veruska”, apelido dado pelo próprio Boechat à mulher.
Embora esteja animada com a oportunidade, a jornalista conta que é difícil pisar nos estúdios da Band sem pensar que Ricardo poderia estar lá.
“Pedi para não usar o camarim do meu marido. Tenho muita vontade de chorar”, diz ela, que costumava levar as filhas para encontrar o pai nos bastidores da emissora. Sem querer demonstrar fraqueza, ela tem se esforçado para não chorar quando as meninas estão presentes.
“Minha dor é horrível, mas a dor que sinto vendo a dor delas é pior. Se eu desabar, o que vai sobrar para elas? Eu sobrei, então preciso me manter de pé para elas verem que é possível recomeçar”, afirma a profissional.
Todos os dias, Veruska chora ao deixar as filhas na escola. Ela diz que extravasa dentro do carro porque entende ser importante viver o luto. “Dizem que se você não passar por essa fase, depois a conta chega”, afirma ela, ao confessar que ficava muito irritada ao ser chamada de “forte” logo após a morte do parceiro.
“Sempre disseram isso de mim e eu aceitava com alegria, mas logo que meu marido morreu comecei a ficar com raiva. Queria deitar, gritar, chorar, não queria ser forte. Com o passar do tempo, vi que não tinha outra opção”, admite.
De agora em diante, a jornalista se esforça para falar apenas coisas boas e diz que faz questão de mostrar para as filhas o quanto Ricardo Boechat era um pai presente. Para amenizar a dor das meninas, ela explica que muitas crianças são “órfãs de pais vivos” e, no caso delas, ainda existe o privilégio de terem convivido com um pai tão participativo mesmo que por pouco tempo.
Na escola, as filhas do casal têm recebido atenção especial para superar a perda. Será nestes momentos, inclusive, que a jornalista gravará o programa da Band para se distrair e se sentir viva de novo.
“Era difícil ficar em casa neste horário porque sempre almoçava com meu marido. Desde que ele se foi fico pensando no que ia me dizer se estivesse aqui. Às vezes, ele aproveitava esse momento para falar do trabalho ou que eu deveria pegar mais leve com as meninas porque sempre fui uma mãe rígida”, relembra, aos risos.
O retorno ao trabalho
“Cobrava muito dele para saber os bastidores das reportagens. Ele nunca me impediu de voltar, mas a rotina era puxada e se tivesse um emprego normal não ia conseguir conciliar. É aquela coisa que toda mulher passa. Ou você abre mão da profissão ou abre mão de ficar com os filhos, mesmo que não seja integralmente”, explica.