1,35 milhões de pessoas morrem a cada ano vítimas de acidentes no trânsito

  • Entre linhas
  • Publicado em 9 de abril de 2019 às 19:51
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:29
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Segundo levantamento, entre os mais atingidos estão crianças e jovens de 5 a 29 anos de idade

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU) fixou uma ambiciosa meta quanto à segurança no trânsito, com o propósito de reduzir pela metade, até 2020, o número de mortos e feridos por acidentes de trânsito em todo o mundo. Mas essa realidade infelizmente ainda está longe de ser alcançada. Levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostra que cerca de 1,35 milhões de pessoas morrem a cada ano vítimas de acidentes no trânsito. Entre os mais atingidos estão crianças e jovens de 5 a 29 anos.

Segundo a Organização, entre 20 e 50 milhões de pessoas também sofrem lesões não fatais devido a um acidente de trânsito por ano, muitas delas resultando em incapacidade. “Se as leis de trânsito relacionadas à direção sob efeitos do álcool, uso de cinto de segurança, limites de velocidade, capacetes e sistemas de retenção para crianças não forem cumpridas, elas não poderão resultar na redução esperada nas mortes e lesões no trânsito”, aponta a entidade. José Aurélio Ramalho, diretor-presidente da ONSV (Observatório Nacional de Segurança Viária), avalia que o Brasil evoluiu bastante por conta das diversas ações realizadas em todo o país, visando conscientizar os motoristas. “No entanto, há fatores prejudiciais ao cumprimento da meta estabelecida pela ONU, como a falta de compromisso de gestores públicos, da iniciativa privada e, acima de tudo, da própria sociedade, que precisa compreender que seu comportamento individual afeta o coletivo”, comenta.

            Fiscalização e penalização de infratores também são apontadas pela ONSV como peças-chave para a diminuição no número de acidentes, já que as pesquisas da entidade mostram que, para cada infração de trânsito registrada no Brasil, ocorreram 11,8 mil infrações não registradas. O índice demonstra que é necessário aprimorar o sistema de fiscalização brasileiro. “A presença do Estado nas vias, ou seja, a fiscalização de forma ostensiva, certamente fará com que ocorra uma sensível redução no número de acidentes de trânsito”, confirma Ramalho.

A Década Mundial de Ações para a Segurança Viária, que se encerra no próximo ano, tem o objetivo de reduzir em 5 milhões o número de mortes no trânsito – o que representa 50% da projeção do número de óbitos causados por sinistros no mundo para 2020. A Perkons, empresa que desenvolve e aplica tecnologia para a segurança no trânsito, foi a primeira organização privada, no Brasil, a endossar a campanha.  Luiz Gustavo Campos, diretor e especialista em trânsito da empresa, diz que a fiscalização eletrônica é um importante instrumento de segurança e cidadania, na medida em que auxilia os órgãos competentes no cumprimento das leis e contribui com o objetivo de tornar vias públicas lugares mais humanos e democráticos.  “A Organização Mundial de Saúde recomenda no mundo todo o uso de medidores eletrônicos de velocidade – os famosos radares – como alternativa para a prevenção de acidentes de trânsito e redução da gravidade, no caso da ocorrência do evento. Essas tecnologias de trânsito auxiliam órgãos e gestores públicos a pensarem e gerirem mobilidade urbana, além de ajudarem a conscientizar motoristas em relação ao cumprimento das regras e leis de trânsito”, destaca.


+ Trânsito