Curso inédito do Instituto Butantan abordará cuidados com escorpiões

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 01:14
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:20
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Estado de São Paulo foi o segundo no ranking de acidentes em 2018 no Brasil, atrás da Bahia

Nesta terça-feira,
29 de janeiro, o Instituto Butantan, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde
e um dos maiores centros de pesquisa do mundo, realizará, na capital paulista,
um curso inédito sobre escorpiões.

De acordo com os
organizadores, a iniciativa contará com a participação de aproximadamente 200
técnicos de zoonoses e profissionais da área.

Vale destacar que a ação ocorre em razão da
proliferação dos animais, sobretudo nas cidades, e do aumento dos acidentes.

O território
brasileiro registrou crescimento de 54% no número total de atendimentos por picada
de escorpião em 2018 (141 mil casos) se comparado com o ano de 2016 (91 mil).

São Paulo foi o
segundo no ranking de acidentes de 2018 no Brasil, atrás da Bahia. “Como
referência no setor, o Butantan não poderia deixar de exercer um papel
importante no contexto da saúde pública, ao compartilhar informação de
qualidade com os profissionais da linha de frente do combate à questão”,
ressalta o coordenador do Centro de Ensino do Instituto Butantan, Paulo Nico
Monteiro.

“Nosso objetivo é
atualizar os profissionais, que atuam em várias cidades, para que possam
realizar atividades na vigilância e controle de escorpiões” salienta a
coordenadora do Núcleo de Venenos e Antivenenos do Instituto Butantan e
diretora do Laboratório de Artrópodes, a médica Fan Hui Wen.

Conteúdo

A programação do curso engloba tópicos relacionados
à biologia, hábitos e formas de reprodução dos animais, técnicas de coleta e
política de controle, produção de soro e indicações de uso, além da política de
distribuição de soros no Estado, entre outros.

Ainda será realizada uma atividade interativa, na
qual serão apresentados exemplares de espécies e materiais utilizados no
manuseio dos animais. Embora a picada tenha consequências leves na maioria dos
casos, há uma preocupação com crianças de até doze anos e idosos, mais
suscetíveis a complicações. No ano passado, doze paulistas morreram em
decorrência da picada de escorpião.

O Instituto Butantan é o maior produtor de soro
anti-escorpiônico do Brasil (500 mil frascos-ampôlas por ano), fornecendo o
produto ao Ministério da Saúde, responsável pela distribuição na rede do
Sistema Único de Saúde (SUS). O soro é feito à base do veneno retirado de 10
mil escorpiões criados no biotério da entidade.


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