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Os sintomas costumam aparecer por volta dos quatro anos de idade e pais devem estar atentos
Até os quatro anos de
idade, é normal que a criança seja muito apegada e dependente dos pais. Mas,
segundo a psiquiatra da infância e adolescência Silzá Tramontina, de Porto
Alegre, se a partir desta idade o pequeno não quiser ir ao banheiro sozinho ou
sequer ficar em peças separadas dentro de casa, o diagnóstico pode ser de
transtorno da ansiedade de separação.
Sonhos ruins são sintoma
A
ansiedade de separação é a forma mais comum de ansiedade entre crianças. Além
de não querer perder os pais de vista, é comum que a criança sonhe que está
sozinha ou falta um dos pais e acorde durante a noite.
Nascimento
de irmão pode desencadear crise
A
chegada de um irmão mais novo, que canaliza a atenção dos pais, também pode
desencadear a ansiedade de separação. Isso é normal, mas também se resolve
rápido, diz Silzá. Caso contrário, além de orientação para os pais, o
tratamento pode exigir psicoterapia.
Problemas
do casal são pressentidos
Crises
em casa, como a iminente separação dos pais, por exemplo, também podem
desencadear o medo da criança de ficar sozinha, ou de ficar longe de um dos
pais. “Mesmo que os adultos não falem nada nem discutam em frente aos
filhos, a criança percebe que há uma crise”, esclarece Silzá. É normal,
diz ela, que queiram “ficar grudadas, cuidar dos pais”.
Sintomas
físicos
A
ansiedade é manifestada por sintomas corporais, semelhantes aos adultos. Os
mais comuns são dor de barriga, diarréia, tremedeira, náusea ou até vômito.
Fique atento se a criança não dormir direito na véspera da aula, também. Pode
ser um sintoma de fobia escolar.
Quando
o problema é a escola
A
ansiedade em relação à escola é sinal de alerta, ressalta a psiquiatra Silzá
Tramontina. “Crianças saudáveis gostam de ir à escola, não se recusam por
manha”, afirma a psiquiatra infantil. Se há uma recusa insistente ou muito
medo – insônia, dor de barriga e outros sintomas físicos – é sinal de que há algum
problema no colégio, que precisa ser investigado.
Bullying
é causa mais comum
O
problema mais comum, diz Silzá, é o bullying. Ser ridicularizado, isolado ou
discriminado pelos coleguinhas são formas conhecidas de assédio, mas o problema
pode passar despercebido pelos professores. “Há formas mais sutis de
bullying, como quando a criança não é convidada pelos colegas para brincar na
casa de alguém”.
Conversar
abertamente é o caminho mais eficiente
Para
identificar problemas na escola, a psiquiatra recomenda dois caminhos:
conversar com professores e coordenadores e também falar abertamente com a
criança. Fazer perguntas diretas sobre os colegas ou episódios é mais eficiente
do que perguntas genéricas do tipo “como foi a escola hoje”, que pode
ser respondidas de maneira evasiva, ensina Silzá. É importante lembrar que a
criança resiste a falar sobre bullying porque normalmente tem vergonha.