A 11ª edição tem abertura marcada para este sábado (13), com uma rodada dupla
A bola está prestes a subir para o início da segunda década do NBB, torneio que se firmou como mais importante competição de alto nível nacional de basquete e continua crescendo ao passar dos anos.
A 11ª edição tem abertura marcada para este sábado (13), com uma rodada dupla, com as partidas entre Paulistano/Corpore e Mogi das Cruzes/Helbor, às 13h35, e Universo/CAIXA/Brasília e Vasco da Gama, às 15h25 (ambos horário de Brasília).
Ao todo são 14 times buscando a glória na elite do basquetebol brasileiro.
A temporada 2018/2019 vem com algumas novidades no sistema de disputas. A fase de classificação continua levando os 12 melhores times para os playoffs, onde agora, nas oitavas de final, as equipes passam por um melhor de três – antes era melhor de cinco.
Com dois jogos a menos nesta fase, o primeiro é disputado na casa do clube com pior campanha, enquanto as outras duas partidas são com mando da equipe de melhor desempenho na temporada
A partir das quartas o sistema de melhor de cinco volta, com os jogos 2, 3 e 5 acontecendo na casa do time mais bem classificado.
Em 2018, ainda no primeiro semestre, o Paulistano sagrou-se campeão pela primeira vez na história do NBB, desbancando o Mogi, em quatro jogos de alto nível.
A busca pela manutenção da competitividade e do profissionalismo é motivação na Liga, que foi abraçada pelos fãs do basquete no Brasil e vai ocupando cada vez mais espaço na mídia e preferências do público.
Para a temporada que está começando, a Liga Nacional de Basquete anunciou um crescimento na rede de transmissão do torneio, que passa a ser multiplataforma, tendo agora uma transmissão que colocará o NBB ao vivo em algum veículo seis dias na semana, de segunda à sábado.
São quatro canais televisivos – sendo um aberto e três fechados – e ainda a presença no Twitter e no Facebook, ao vivo.
O maior alcance e investimento injetados no NBB são peças fundamentais para o avanço do esporte e da Liga no país.
Quem sabe disso de cor é o especialista no campeonato, Guilherme Giovannoni. Hoje no Corinthians, o ala-pivô já vai para sua 10ª temporada disputando o torneio e tem três títulos conquistados com o Brasília.
Aos 38 anos, o camisa 12 reforçou o que o basquete precisa para continuar em crescente no país.
“Acho que o mais importante é a autonomia pros clubes, um poder de decisão, ter uma gestão transparente, como tá sendo. Acho que isso faz com que a credibilidade do basquete cresça, dos clubes também e atraia mais investimentos. Ainda tem bastante coisa para ser feita, para ser melhorada, quanto mais profissionalismo melhor. A gente sabe disso e precisa desse profissionalismo, sobretudo em relação ao cuidado com os atletas, mas acredito que é uma coisa que vai acontecer com o tempo”, disse o ex-jogador da Seleção Brasileira em entrevista exclusiva à Gazeta Esportiva.
Com equipes reforçadas, novidades e retornos ao NBB, o torneio promete ainda mais equilíbrio na disputa. Um velho conhecido do torneio está de volta e precisa confirmar se continua competitivo ou precisará de um tempo para o recomeço.
Após um ano sem patrocínio e forçado a fechar as portas, o Brasília, campeão em três oportunidades conseguiu uma nova parceria e jogará a partir desta temporada como Universo/Brasília.
Ídolo do time da capital, Giovannoni viveu o ápice de sua carreira vestindo a camisa do Brasília e, com o fechamento das portas do clube, o paulista teve passagem pelo Vasco e agora defende o Corinthians, que além de contar com a experiência do jogador, também encara sua estreia no NBB, embalado pelo título na Liga Ouro, que dá acesso à elite do esporte.
Depois do Vasco, Giovannoni segue em um clube que tem grande tradição no futebol e, em sua primeira temporada, o Corinthians se junta ao Cruzmaltino e ao Flamengo como representantes dessa classe, que, de certa forma, aumenta a visibilidade e popularidade do campeonato.
Esse lado ‘apelativo’ do nome de peso de grandes clubes é, inclusive, um fator que faz Giovannoni ver como positivo esse movimento de entrada no basquete e em outros esportes por parte desses clubes.
“Eu vejo com bons olhos pelo fato de atrair o público, acho que isso é fundamental, principalmente para atrair investimentos. O que a gente não pode ter são os maus costumes do futebol, que são as brigas de torcida, as questões políticas dentro do basquete. Acho que a gente tem que tentar separar um pouco, mas no âmbito geral vejo como positivo”, disse o ala-pivô do Corinthians.
Mas os times sem o nome pesado no futebol não ficam para trás e os ginásios com ótimo público durante toda a temporada provam como o esporte vem conquistando os torcedores. Paulistano, Mogi, Bauru, Franca, mantêm uma boa disputa na ponta da tabela e puxam a fila de clubes menores que carregam uma torcida apaixonada.
E a partir de hoje, sábado começa a batalha por uma vaga entre os melhores times do Brasil que sonham com o troféu mais importante do basquete nacional.