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Para as crianças, a carga emocional é mais intensa porque os pequenos não conseguem identificar o que sentem
Muitos adultos têm
dificuldade de lidar com seus sentimentos. Para as crianças, essa carga
emocional é ainda mais intensa porque os pequenos não conseguem identificar o
que sentem.
De acordo com o
psicanalista Sander Machado, os pais não devem comparar os sentimentos das
crianças aos do adulto. Isto porque o ambiente, as circunstâncias e a novidade
das sensações podem deixar a criança ainda mais confusa sobre o que sente.
Não traduza os sentimentos
É muito comum que os pais tentem
colocar em palavras as emoções para as crianças. No entanto, estas traduções
são feitas a partir das experiências do adulto. Para a criança, o universo
emocional é totalmente diferente. O mais recomendado é não lidar com as emoções
a partir de uma perspectiva moral e/ou cultural, mas sim conversar com a criança
e incentivar que ela descreva o que sente. A partir do diálogo, analisar e
encontrar junto com a criança caminhos para entender as emoções.
Escute
seu filho
A conversa aberta é o melhor caminho
para ajudar o seu filho a compreender de forma clara o que sente. Tenha uma
linguagem direta e adequada para a idade da criança. Pergunte a ela o que
sente, o que vê e deixe ela se expressar. Para deixar o ambiente mais agradável
para a conversa, você pode utilizar brincadeiras e jogos interativos sobre o assunto.
Jogos
com temática de violência podem?
Não há nada de errado com as crianças
assistirem filmes de guerras e brincarem com bonecos de super-heróis. Ao
contrário do que se imagina, é importante que a criança coloque a agressividade
em brincadeiras com bonecos ou jogos digitais. Assim, ela vai poder agir com
menos agressividade em seus atos no dia a dia.
Dê
mais tempo para a criança
Se para os adultos já é complicado
lidar com as emoções a flor da pele, imagina para as crianças? Para isso, seu
filho precisa de tempo para pensar e ter condições de acomodar as intensidades
emocionais. A dica é não sobrecarregar a criança com muitas atividades
extracurriculares.
Crie
limites
O descontrole das emoções pode gerar
momentos de conflitos entre pais e filhos e afetar, ainda, ambientes de
convívio, como por exemplo a escola. Os limites ajudam a criança a construir
outras perspectivas como a respeitar o espaço do outro. Mas é preciso que este
controle tenha uma dosagem. Os pais precisam cuidar com o excesso de rigidez,
castigos traumatizantes e evitar os “nunca”. Converse com a criança e crie
condições para ela. Por exemplo, se ela riscar a parede da casa, sugira que ela
pegue um pano e limpe ao invés de colocá-la de castigo.
Aponte
as responsabilidades dos atos
Esqueça as punições! É importante que
a criança entenda o que ela está fazendo e o reflexo que terá seus atos. Um bom
método para isso é mostrar para as crianças as suas responsabilidades sobre o
que ela fez. Tenha uma conversa clara sobre como seus atos podem afetar outras
pessoas e a ela mesma. Dê alternativas de reverter suas ações.
Não
deixe a criança bloquear os sentimentos
Trate com naturalidade esta fase do
desenvolvimento da criança. Incentive ao diálogo e em casos mais complexos,
procure ajuda de um psicólogo. Mas em hipótese alguma bloqueie as emoções da
criança. Qualquer interferência que impeça da criança se expressar
espontaneamente pode afeta-la no futuro fazendo com que seja um adulto com
dificuldades de se relacionar socialmente.