Didi e Yago enfrentaram o Canadá nos profissionais um mês após sul-americano sub-21
Há exatos 40 dias, dois jovens de 19 anos estavam em Salta, na Argentina. Lá, a seleção sub-21 ganhou duas vezes dos donos da casa na campanha que terminou com o título do Sul-Americano de basquete.
Duas das caras da renovação do basquete, Yago e Didi estavam nesta quinta-feira em Montreal, onde enfrentaram o Canadá, desta vez entre os adultos, nas eliminatórias para o Mundial do ano que vem.
Os dois fazem parte de uma geração que surgiu na Liga Nacional de Basquete (LNB), criada em 2008 junto com o Novo Basquete Brasil (NBB).
O técnico campeão em Salta foi Cesar Guidetti, do Pinheiros. Ele chegou a comandar a seleção principal em uma frustrante eliminação na Copa América em 2017. Hoje, é assistente do croata Aleksandar Petrovic.
Atual campeão do NBB com o Paulistano, o baixinho Yago, de 1,78m, é o destaque da geração.
Eleito o melhor na Argentina, o armador é figurinha repetida na seleção desde que Petrovic assumiu, há um ano.
Ele disse querer o rótulo de “jogador de seleção” e gostou da missão de ser líder da geração.
— Quero me tornar um símbolo e jogar muito pelo Brasil — disse Yago, que reconhece seu peso neste geração. — Essa responsabilidade é boa, saudável, me faz trabalhar a cada dia. O Brasil tem talentos que podem agregar muito. Liderar isso é uma motivação.
Yago atuou nos seis jogos das eliminatórias. Já Didi é estreante. O ala de 1,95m atua no Franca onde, na última temporada, teve a companhia de veteranos como Leandrinho, ex-NBA e também na atual seleção.
— Esta geração (nascida em) 98 e 99 vem muito forte. Vai trazer muito frutos ao país de 2024 em diante — afirma Didi.