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Esse termo ficou bem famoso ultimamente – e com motivo. Afinal de contas, a ciência não para de descobrir funções vitais da microbiota intestinal para o nosso corpo. A importância do conjunto de micro-organismos que habitam a parte final do intestino é tão grande que a colônia é considerada um órgão do corpo humano.
Nossa imunidade depende quase que 100% da microbiota intestinal. Isso porque parte dos nutrientes que necessitamos para construir nossas defesas não vem diretamente da comida, mas sim da síntese que as bactérias boas fazem dos alimentos quando eles passam pelo intestino.
É o caso dos ácidos graxos de cadeia curta, obtidos através da metabolização das fibras, da vitamina B12 e vitamina K. Além disso, o intestino em si é o responsável por absorver os demais nutrientes e, se a microbiota está equilibrada, conseguimos aproveitar melhor minerais e outras substâncias importantes para a saúde.
Papel da microbiota no corpo
O intestino, além de participar da digestão, também possui neurônios – na medicina, ele é hoje chamado de “segundo cérebro” – e fabrica neurotransmissores como a serotonina. Responsável pelo bem-estar no cérebro, aqui ela atua no processo digestiva, mas se sabe que há uma comunicação direta entre os dois órgãos.
Fora isso, a microbiota tem ainda papel no peso e no controle dos níveis de colesterol. Ela é importante também para o emagrecimento, pois uma microbiota que está desequilibrada facilita a absorção de lipídios e de toxinas dos alimentos. Aí, ficamos mais inchados e ainda por cima com o intestino funcionando mal: diarreia ou constipação são sinais de que algo está errado.
Dezenas de espécies abrigam nosso intestino, entre bactérias e fungos. Algumas delas são consideradas “do bem”, como os lactobacilos e as bifidobactérias, enquanto a superpopulação de outros tipos pode ser nociva e irritar o intestino, além de provocar desordens pelo corpo. Mas também não dá para demonizar as outras: o segredo para a saúde é justamente a diversidade de bacilos no intestino.
Dicas de alimentos para equilibrar a microbiota
Uma saída para equilibrar esse ecossistema delicado é investir nos probióticos, como os leites fermentados, que contêm os bacilos benéficos. Eles ajudam a repovoar o intestino, mas sozinhos não são o suficiente para manter a paz. É preciso também investir nos prebióticos, ricos em fibras e outros nutrientes que servem de alimento para a microbiota.
Entram aí os cereais integrais, verduras, frutas, oleaginosas e bebidas enriquecidas com fibras. O consumo de produtos lácteos, como o leite longa vida, também está associado a uma microbiota mais equilibrada. Por outro lado, sedentarismo, cigarro e o consumo exagerado de gorduras, álcool e açúcar pioram a situação da colônia.
Para melhores resultados e regulação da microbiota intestinal procure um nutricionista apto para te auxiliar nas mudanças necessárias na sua alimentação.
*Esta coluna é semanal e atualizada às segundas-feiras