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Ponte em Gênova, MG-050 e estradas próximas a Franca são responsabilidade do grupo
O grupo italiano Atlantia, responsável pela ponte que desabou em Gênova, na Itália, matando 38 pessoas, também administra trechos de 16 rodovias brasileiras. Uma delas é a MG-050, que liga Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, até São Sebastião do Paraíso (a apenas 78 km de Franca), na divisa do Estado com São Paulo.
A estrada foi cedida à concessão para a AB Nascentes das Gerais, que pertence à AB Concessões, que tem como controladora a Atlantia. A rodovia tem 344 km e foi privatizada em 2007.
Em São Paulo, a AB Concessões é dona da concessionária AB Triângulo do Sol, responsável por trechos da SP 310 (Rodovia Washington Luís), SP 326 (Rodovia Brigadeiro Faria Lima) e SP 333 (Rodovia Carlos Tonani, Nemésio Cadetti, Laurentino Mascari e Dr. Mario Gentil) e da AB Colinas, encarregada das rodovias SP-075, SP-127, SP-280, SP-300 e SPI-102/300.
Além disso, o grupo detém 50% das ações da concessionária Rodovias do Tietê, que administra a concessão do Corredor Leste da Rodovia Marechal Rondon.
Investimento em Minas
A AB Nascentes das Gerais informou que nos últimos nove anos investiu R$ 835 milhões em Minas. Ela foi a primeira empresa do Brasil a assinar um contrato de concessão no regime de Parceria Público-Privada (PPP). No total, o trecho sob responsabilidade da AB Nascentes das Gerais é de 371,4 km.
“A via (MG-050) corta 22 municípios diretamente, mas influencia 50 cidades, cuja população é de 1,3 milhão de habitantes ou 7,4% da população mineira. Estima-se que 7,7% do PIB mineiro esteja concentrado na área de influência do Sistema MG-050”, destaca a empresa em seu site oficial.
Procurada, a Nascentes das Gerais não se manifestou sobre o acidente ocorrido na Itália
AB Nascentes das Gerais /DivulgaçãoMG-050 corta 22 municípios mineiros. Clique na arte para ampliá-la
Tragédia
A ponte caiu em Gênova na última terça-feira (14). Além dos mortos, a tragédia deixou 16 feridos, sendo nove em estado grave. O governo italiano já demostrou interesse em revogar o contrato de concessão à empresa Autostrade, também controlada pelo grupo Atlantia.
O grupo Atlantia, controlado pela família Benetton, respondeu que o anúncio do governo foi feito “na ausência de qualquer objeção específica e de qualquer certeza sobre as causas efetivas” do desabamento. Após o acidente, a ação na Bolsa de Milão caiu quase 25%.